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Entrevista - 18 de abril de 2019

Ao Uol, Fernanda Venturini passa carreira a limpo e não foge de polêmicas

A ex-levantadora falou sobre vários temas, entre eles, o caso Tifanny


A ex-levantadora Fernanda Venturini, em entrevista ao Uol, falou sobre a carreira no vôlei, o relacionamento com Bernardinho, a famosa rivalidade com Cuba, a presença da transexual Tifanny na Superliga, política, entre outros assuntos.

Alguns tópicos do papo seguem abaixo. Quem quiser conferir a íntegra o link está aqui.

MUDANÇA NA CARREIRA COM BERNARDINHO COMO TREINADOR

Tem a Fernanda antes do Bernardo e a Fernanda depois do Bernardo. Ele entrou e mudou toda a metodologia de treinamento. E depois que a gente começou a namorar, aí que eu treinava mais. Eu acho que ele sentia meio que uma culpa, inconscientemente. Igual ao Bruno. O Bruno treinou muito mais que os outros.

A CARREIRA

Meus amigos falam: “Nossa, você levou tanta gente ruim para a Seleção”. Imagina! É que eu botei Denise na seleção, botei a Bia na seleção. Jogadoras que não tinham tanto destaque, mas que comigo se tornavam um destaque. Jogavam comigo nos clubes, a gente ganhava, a pessoa crescia e acabava indo para a seleção.

PERSONALIDADE

Quando eu chego, minha apresentação é antipática. Eu não tenho uma chegada boa. As pessoas me acham nojenta… Mas é porque eu sou quieta, sou na minha, eu fico mais observando, depois que eu vou falar, entendeu?

SEM MEDALHA DE OURO OLÍMPICA

Gente, não era para eu ganhar medalha de ouro. Não era, pronto, acabou. Não era para eu chegar à final. Quem sabe na outra encarnação… Não me faz menor ou maior essa medalha de ouro. Eu não me sinto menos ou mais por isso. Não me atinge.

Levantadora em ação pela Seleção (Divulgação CBV)

BRIGAS COM CUBA

Em Xangai, tinha umas cortinas antes de você chegar no vestiário. Eu estava entrando e a Regla Torres estava atrás da cortina esperando a Ana Paula. Sabe quando a pessoa fica escondidinha assim? Só que eu cheguei antes, a vi e gritei: ‘Sai correndo!’. Porque a mulher ia pegar ela, mas ia matar ela. Ela era gigante, ela dá duas da Ana Paula. Tiveram cenas dessa briga que eu falava: ‘Ai meu Deus’…

TIFANNY

Você vê a força que ela tem. Por mais que ela tenha tirado ‘o coiso’, mas os hormônios, a força dela perto de outras jogadoras… Acabou de jogar como homem. Eu acho errado. Eu, se tivesse que votar, acho que não poderia jogar. Daqui a pouco vai ter um time, vai ter uma liga só disso. No futuro vai calhar isso aí. Porque tem muita gente mudando de sexo. Eu acho que é complicado. Mas, também, vai impedir a mulher de jogar? A mulher, né? Vai impedir? É difícil. Ainda não dá. Ainda não tem uma liga para ela jogar, né? Então deixa ela jogar.

O CASAMENTO COM BERNARDINHO

Todo mundo fala: ‘Nossa!’ Lembra a época que ele berrava, brigava? Falavam: ‘Apanha em casa!’ Achavam que eu apanhava em casa. Era punk. E quem convive com ele em casa vê: é um lorde. Não tem problema nenhum, super calmo. Muito tranquilo, muito, muito…

MARIDO NA POLÍTICA

Ele ia começar a cortar tudo que está de errado. E a gente sabe: quanta gente morre por causa disso? Quem começa a tentar a se meter no vespeiro. Imagina querer se meter com miliciano, com traficantes? Ele não aguentaria. Por poucas coisas que se desgastou na vida já teve quase um câncer no rim. Para ele, bandido é bandido, não vai falar com você. Sinceramente, ia acabar o meu marido.

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