COB aumenta suspensão de Wallace e pune a CBV

Em decisão publicada nesta terça-feira (2/5), o Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou uma suspensão de seis meses para a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), além da recomendação para que Banco do Brasil, patrocinador da entidade, e Ministério do Esporte, deixem de repassar dinheiro durante o mesmo período. As informações foram publicadas inicialmente pelo Uol.

A decisão é uma resposta pela presença do oposto Wallace, do Sada Cruzeiro, na final da Superliga masculina, no último domingo. Ele tinha uma decisão liminar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do vôlei, que era contrária à suspensão imposta pelo COB, além de uma decisão do Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA).

Além disso, o Conselho de Ética do COB estendeu a suspensão a punição de Wallace nos clubes. Era saltou de três meses (terminaria amanhã) para cinco anos. Já no âmbito da Seleção Brasileira, ela salta de um para cinco anos. Radamés Lattari, presidente em exercício da CBV em substituição a Toroca, afastado por questões de saúde, também recebe um ano de suspensão.

“Ao ser relacionado para o jogo do dia 30 de abril de 2023, o atleta Wallace Leandro de Souza, a Confederação Brasileira de Voleibol – CBV e a Associação Social e Esportiva Sada (“Sada Cruzeiro Vôlei”) apenas e tão somente descumpriram decisão do COB, exarada pelo seu Conselho de Ética, e, por esta razão, estão sujeitos às sanções devidas. Ao entrar em quadra, o atleta sabia que estava agindo ilicitamente e a CBV – Confederação Brasileira de Voleibol – também tinha pleno conhecimento de que sua decisão de permitir a participação do voleibolista na competição, enquanto vigorava a punição, era ilícita e antiética.

De tal maneira foi indevido o comportamento da Confederação, do atleta e também do Sada Cruzeiro Vôlei – e desnecessária em termos esportivos, bastando verificar o resultado da partida – que a razão que este Conselho de Ética percebe existente é o desejo e a vontade deliberada de desacreditar todo e qualquer esforço ético em prol da educação, dos bons propósitos, da segurança e dos demais princípios tão caros ao esporte. O desejo de afronta e os resultados financeiros pesaram mais à CBV – Confederação Brasileira de Voleibol – do que os valores do esporte que a Confederação deveria respeitar e fazer cumprir”, diz um trecho do documento divulgado pelo COB. Confira a íntegra do decisão divulgada pelo órgão do Comitê Olímpico.

Wallace foi utilizado apenas na final, apesar de ter conseguido a liberação para atuar nas semis diante do Farma Conde/São José. Ele começou como reserva, entrou no primeiro e no último set, fazendo inclusive o ponto decisivo. Como capitão, ele recebeu o troféu de campeão da temporada 22/23. Ontem, nas redes sociais, Wallace fez uma postagem sobre o assunto.