Com sangue nos olhos, Praia vence o Minas e é campeão

Cinco anos depois de conquistar a primeira Superliga da sua história – na temporada 2017/18, sobre o Sesc RJ na final -, o Dentil Praia Clube voltou a comemorar o título da competição. As mineiras de Uberlândia derrotaram o Gerdau Minas por 3 sets a 0 – parciais de 25-22, 25-22, 26-24 -, na manhã deste domingo (7/5), no Ginásio do Sabiazinho, no Triângulo Mineiro, depois de perder as três últimas decisões do torneio justamente para as rivais da capital. Veja a lista de todas as equipes campeãs da Superliga na história.

A ponteira holandesa Anne Buijs – que atuou como oposta titular do Praia na final -, foi a maior pontuadora do jogo, com 20 pontos. Além de Anne, outros dois destaques do Praia foram Claudinha – impecável na distribuição – e Suelen, que varreu a quadra. As duas são as únicas remanescentes do título de 2018. Claudinha foi eleita a melhor jogadora da partida e faturou o Troféu Viva Vôlei. Veja aqui como ficou a seleção da Superliga 22/23.

O Minas tentava o tetracampeonato e o sexto título da sua história. Foi campeão em 1992/93, 2001/02, 2018/19, 2020/21 e 2021/22. A temporada 2019/20 não terminou por conta da pandemia.

O Minas foi irregular no passe e sentiu também a má distribuição da levantadora Pri Heldes, imprecisa em muitos momentos não só na bola de meio com a Thaisa – que não encaixou nesta temporada -, mas também nas extremidades. Do outro lado, Claudinha fez o seu jogo limpo, acionando quem estava melhor naquele momento do jogo, acionando as suas centrais quando o passe chegava em boas condições, sem inventar, mas com eficiência e tranquilidade.

O Praia abriu 18 a 10 no primeiro set, Nicola Negro queimou os seus dois tempos técnicos e parecia que as donas da casa iriam fechar a parcial com facilidade. Mas não foi assim. As minastenistas reagiram com boas passagens de Julia Kudiess e Peña no saque, empataram em 22 a 22, mas, na sequência, três erros consecutivos do Minas – saque na rede da Peña, dois toques da Pri Heldes e ataque para fora da Thaisa – definiram o set para o Praia: 25 a 22. O Minas cometeu 9 erros no total, cinco deles de ataque. Já o time de Paulo Coco cedeu apenas um erro de ataque.

O segundo set foi mais equilibrado que o primeiro, jogado ponto a ponto. O Minas sentiu ainda mais a distribuição irregular da Pri Heldes, enquanto, no Praia, Anne, confiante, foi a responsável pela virada das bolas mais difíceis nos contra-ataques. As minastenistas seguiram cometendo muitos erros de ataque ou sendo amortecidas pelo bloqueio das donas da casa. O Minas chegou a estar vencendo o set pro 16 a 14, mas o Praia virou para 18 a 16 e não perdeu mais a dianteira no placar.

Na terceira parcial, Pri Souza entrou no lugar de Pri Daroit quando o placar apontava 8 a 4 para o Praia, mas o Minas continuou com problemas na virada de bola. Ainda assim, aos trancos e barrancos, as minastenistas empataram em 15 a 15, depois de estarem perdendo por 11 a 7. O Praia voltou a abrir boa frente: 19 a 16, o Minas voltou a empatar em 22 a 22, depois em 24 a 24, mas no final deu Praia, num erro de ataque da Pri Souza: 26 a 24.

DENTIL PRAIA CLUBE: Claudinha, Anne Buijs, Carol, Jineiry Martinez, Kasiely, Brayelin Martinez e Suelen (líbero). Entrou: Vanessa Janke. Técnico: Paulo Coco.

GERDAU MINAS: Pri Heldes, Kisy, Thaisa, Julia Kudiess, Peña, Pri Daroit e Nyeme (líbero). Entraram: Jacke, Larissa, Luiza e Pri Souza. Técnico: Nicola Negro.