Turquia vira diante do Japão e se garante em Paris. Brasil está vivo

Com uma rodada de antecedência, o Grupo B do Pré-Olímpico feminino de vôlei já tem a primeira vaga em Paris-2024 definida. A Turquia derrotou o Japão, neste sábado (23/9), em Tóquio, de virada por 3 sets a 1, parciais de 22-25, 25-22, 26-24 e 25-12. Com o resultado, as turcas carimbaram o passaporte para Paris-2014.

A Turquia chegou a seis vitórias e 18 pontos. O Japão, com 15, e o Brasil, com 14, disputam a segunda vaga do grupo na Olimpíada no confronto direto, neste domingo, às 7h25, com transmissão pelo Sportv, Volleyball World e Web Vôlei, sem imagens. Quem vencer carimbará o passaporte.

E vale a explicação para evitar o pânico entre o vôleifã. Uma derrota do Brasil não significará estar fora da Olimpíada. Existe a regra da universalidade na Olimpíada, com a presença de ao menos um representante de cada continente. Como o Brasil é disparado o melhor da América do Sul no ranking, garantirá o seu lugar em Paris. O mesmo caso será aplicado, com certeza, para a África, sem representantes no Pré-Olímpico. O Quênia, de Luizomar de Moura, é atualmente o melhor africano do ranking.

Sobre o jogo deste sábado, o Japão foi dominante no início. O saque pressionou a linha de passe, a virada de bola esteve muito afinada e o conhecido volume de jogo se fez presente.

Do outro lado, uma Turquia com Karakurt irreconhecível e dependente de Baladin no ataque em parte do jogo. Santarelli havia iniciado o jogo com Ozbay no banco, mas logo voltou sua levantadora titular. A única a não atuar foi a líbero Orge, substituída por Akoz. Depois de perder o primeiro set, a seleção turca esteve com 22 a 19 de desvantagem no segundo. E, para acabar com a lenda urbana de que estava entregando o jogo, conseguiu uma incrível sequência de pontos para fechar em 25 a 22. Foi a primeira parcial perdida pelas japonesas no Pré-Olímpico.

E daí para frente o jogo mudou. O Japão viu a eficiência de ataque despencar e não conseguiu mais equilibrar as ações. Masayoshi Manabe fez mudanças no time, com Ishikawa melhorando o virada de bola. A Turquia, por sua vez, viu o saque fazer mais estragos e passou a dominar o placar. As japonesas, aos poucos, reagiram até uma virada que parecia improvável, tendo inclusive dois sets points. Mas as campeãs da VNL e do Europeu, para afastar qualquer tese de facilitação, saíram de 22-24 para 26-24, com Baladin sendo decisiva após dar uma sumida na partida.

E o jogo mudou completamente a partir daí, com a Turquia calando o ginásio em Tóquio na primeira derrota japonesa na competição.

O melhor nome turco no jogo foi Hande Baladin. Foi caçada no saque e deu conta do recado. Com Karakurt apagadíssima e Vargas oscilando, também assumiu a responsabilidade no ataque. Não à toa terminou o duelo com 19 acertos. A maior pontuadora, porém, foi Melissa Vargas, com 22. Pelo lado japonês, Koga fez 15.