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Coluna - Destaques - 16 de março de 2019

Coluna: A divisão de forças nos playoffs da Superliga feminina


Fim da temporada regular da Superliga Cimed feminina, na sexta-feira à noite. Início dos playoffs já na segunda-feira. Sem tempo para folga, descanso ou balanço, oito times seguem na briga pelo título máximo do vôlei nacional.

Pelo que vi nos dois turnos, divido os candidatos em quatro grupo:

1) O time a ser batido

Esse é o Itambé/Minas. Na atual temporada, conquistou o Estadual, a Copa Brasil e o Sul-Americano. Terminou a primeira fase da Superliga na liderança, com apenas duas derrotas em 22 jogos. E, para dificuldade dos rivais, tem jogado um vôlei veloz, que chega a impressionar quando todos os fundamentos estão funcionando bem. Apesar de várias selecionáveis no elenco, o Minas tem na levantadora Macris, uma atleta ainda sem grandes chances na Seleção adulta na carreira, a peça-chave para o estilo adotado por Stefano Lavarini.

2) Nunca descarte

Antes dos jogos de sexta-feira, eu iria deixar o Dentil/Praia Clube, atual campeão da Superliga, sozinho nesta prateleira. Mas resolvi incluir o Sesc após o embate entre eles, em Uberlândia, encerrado com vitória por 3 a 0 das cariocas. Pela primeira vez na temporada, o maior vencedor do vôlei feminino nacional mostrou aos rivais vôlei de alto nível, não apenas história e tradição. Ao Praia, a melhor lembrança para os playoffs são as duas rodadas anteriores, com vitórias sobre Minas e Hinode/Barueri, fora de casa.

3) Potencial para surpreender

Hinode/Barueri, Osasco/Audax e Sesi Bauru sempre estiveram nas listas de especialistas como possíveis semifinalistas. Possuem selecionáveis, campeãs olímpicas e jogadoras estrangeiras renomadas em seus elencos. Todos eles, porém, precisam melhorar o nível de jogo e ganhar consistência. Em playoffs em melhor de três ou cinco jogos contra adversários mais fortes, terão de mostrar mais vezes uma performance condizente com quem sonha em um título de Superliga.

Clássico paulista nas quartas (Moraes/Divulgação)

4) Azarões

O Fluminense iniciou a Superliga como candidato ao playoff. Conseguiu, mesmo lidando com atrasos salariais, algo também frequente com o time de futebol. Ou seja: cumpriu o dever mesmo com os problemas internos do clube. Já Curitiba, em sua estreia na elite, fiz um primeiro turno surpreendente, afastou o risco de rebaixamento e conseguiu se manter no G8 no returno. Já ganhou seu título, deixando para trás rivais bem mais tradicionais, como Pinheiros e São Caetano.

Texto de Daniel Bortoletto, publicado inicialmente no LANCE!

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