Superliga B: duelo de gerações marca final
Opostas Saraelen e Jaque Schmitz são destaques da final deste domingo
Os propósitos de Saraelen, do Mackenzie Cia. Do Terno (MG), e Jaque Schmitz, do Abel Moda Brusque (SC), eram bem diferentes quando elas aceitaram o desafio de disputar a Superliga B feminina 2024. Representantes de diferentes gerações, as opostas trilharam caminhos distintos, mas, em comum, ajudaram os finalistas a conquistarem a classificação para a elite do vôlei brasileiro e agora estarão frente a frente na final deste domingo (7), às 18h30, no Mackenzie Esporte Clube, em Belo Horizonte, com transmissão do sportv 2.
O sucesso nas empreitadas das atletas foi confirmado com atuações de destaque nas semifinais da Superliga B. Saraelen foi um dos nomes do Mackenzie na série contra o Curitiba, enquanto Jaque roubou a cena no playoff diante do Recife também fechado em 2 a 0. As jogadoras retratam bem o confronto entre experiência e juventude que decidirá a taça.
Com passagens pela Seleção Brasileira e por grandes clubes do país, Saraelen, de 29 anos, se mudou para a capital mineira com o objetivo de ficar ao lado do marido Alexandre Paranhos, jogador de basquete do Minas Tênis Clube, em meio aos cuidados com a saúde do filho. Ao lado da campeã olímpica Sassá, de 41 anos, ela é uma das referências do time mineiro na Superliga B.
– O que mais pesou em ter vindo para Belo Horizonte foi minha família. Sou casada, meu marido joga no Minas Tênis Clube e o meu filhinho, o Felipe, de três anos, tem cardiopatia congênita. Vim pensando em cuidar dele. Ao mesmo tempo, jogar a Superliga B está sendo uma bela oportunidade. Eu aconselho muitas jogadoras a ajustarem a rota e fazerem o mesmo, para ganhar tempo de quadra e experiência. Estamos preparadas para um grande desafio. Não foi fácil chegarmos à final, mas somos um time que deposita muita confiança em quem está aqui. Isso nos fortaleceu. O Abel é a única equipe que nos venceu e tem jogadoras inteligentes, com a energia da juventude. Vamos focar na serenidade e na paciência, em sermos obedientes taticamente para sairmos com a vitória – afirma Saraelen.
Do outro lado da final da Superliga B, a catarinense Jaque, de apenas 20 anos, buscava uma oportunidade de mostrar seu voleibol em nível nacional adulto como titular pela primeira vez na carreira. Campeã sul-americana sub-20 em 2022 e medalhista de bronze no Mundial sub-21 de 2023 com a Seleção Brasileira, a atacante destaca a união do grupo comandado por Maurício Thomas.
– Está sendo maravilhoso jogar a Superliga B, pois a competição começou a ter um papel maior no cenário nacional, o que permite a muitos atletas ganharem rodagem e experiência para se firmarem e serem vistos – diz Jaque, que tem a bicampeã olímpica Sheilla como inspiração.
O jovem elenco conta com outros nomes de destaque da nova geração, como a central Gláucia, de 19 anos, as ponteiras Manu e Tainá, de 21, e a líbero Gabi Santin, também de 21. O conjunto deu liga e mostrou personalidade para chegar à decisão.
Na disputa pelo terceiro lugar, o Recife recebe o Curitiba, também neste domingo (7), às 16h, na AABB Recife, com transmissão ao vivo do Canal Vôlei Brasil.
SUPERLIGA B BET7K FEMININA 2024
FINAL
7/4 (DOMINGO) Mackenzie Cia. do Terno (MG) x Abel Moda Vôlei/Brusque (SC), às 18h30, no Mackenzie Esporte Clube, em Belo Horizonte (MG) – sportv 2
DISPUTA DE 3º LUGAR
7/4 (DOMINGO) Recife Vôlei (PE) x Curitiba Vôlei (PR), às 16h, na AABB Recife, em Recife (PE) – Canal Vôlei Brasil