Brasil deixou a desejar no primeiro teste de 2024

A expectativa para a estreia do vôlei masculino do Brasil na VNL era enorme nesta terça-feira (21/5). Não é todo dia que Bernardinho volta a comandar a Seleção, ainda mais no Maracanãzinho, palco de lembranças marcantes do ouro olímpico. O sarrafo estava lá no alto depois de um ciclo bem irregular.

Mas o retorno ao palco da Rio-2016 gerou bem mais preocupação do que certeza de melhoria com as mudanças na comissão técnica. Derrota para Cuba por 3 sets a 1, com o Brasil em raros momentos empolgando a torcida que lotou o ginásio por jogar bem.

Os cubanos demonstraram regularidade, algo que faltou e muito para os donos da casa. Os cubanos jogaram também quase todo o tempo no comando do placar e assim ficaram mais “soltos”, podendo arriscar. O Brasil, por sua vez, pressionado, sentiu, erros, pareceu duvidar em alguns instantes. Nos fundamentos, Cuba foi melhor no bloqueio e no saque em números absolutos: 10 a 4 e 7 a 4, respectivamente. No ataque, quase empate: 60 a 69 para os brasileiros.

Do lado de Cuba, com a obrigação de fazer uma boa campanha na VNL para se garantir em Paris, sobrou leveza. A responsabilidade que poderia pesar no ombro deles não foi vista. Lopez, agora capitão, escolhe consistência para definir a atuação do time.

Os jogadores brasileiros reclamaram de pouca de compactação do bloqueio, da falta de volume de jogo, do desperdício dos contra-ataques, de um saque muitas vezes pouco eficiente e até da falta de um espírito mais guerreiro desde o primeiro tempo. E fizeram um alerta: a chave precisa ser virada com urgência, mesmo o foco sendo Paris. Bernardinho, em seu retorno, não falou com a imprensa. Mas as reações captadas pelas câmeras mostraram nitidamente a insatisfação com a performance apresentada.

Por Daniel Bortoletto, do Rio de Janeiro