Arena do vôlei em Paris não encanta
Daniel Bortoletto esteve na Arena Paris Sul, local da disputa do vôlei nos Jogos de Paris
Os Jogos de Paris já entraram para a história pela junção entre monumentos icônicos e as arenas esportivas. A Torre Eiffel como pano de fundo do vôlei de praia, o hipismo nos jardins do Palácio de Versalhes, o Grand Palais recebendo esgrima e taekwondo… Mas todo esse charme não será visto nas partidas de vôlei.
A Arena Paris Sul, montada dentro de um pavilhão localizado em um gigantesco centro de exposições, não encanta. Fria e cinza, eu definiria.
Fria não apenas pelo ar condicionado que funcionava a todo vapor enquanto eu acompanhava os treinos do Brasil e da Itália nesta quarta-feira. Mas por não ter uma personalidade, algo que sobra ao Maracanãzinho, por exemplo, palco do voleibol na Rio-2016. Sem charme foi uma definição que ouvi.
E cinza pela quantidade de metal usado para se montar uma arena temporária para receber 10.200 pessoas. Não é um palco pequeno para os padrões internacionais. Fiz uma foto para tentar deixar isso mais claro.
Quem estiver com ingresso comprado deve se preparar, pois são muito degraus para subir para acessar grande parte das cadeiras. Fiz o trajeto para conhecer as posições de imprensa e admito que será um bom exercício diário para queimar as calorias dos croissants ingeridos por aqui.
Talvez a minha primeira impressão tenha sido exacerbada pela quantidade de ajustes ainda feitos no local. Muitos trabalhadores correm para a montagem de divisórias nos setores internos, para a colocação da numeração nas cadeiras, para instalação de placas de sinalização, para montagem de lanchonetes e restaurantes. E faltando menos de três dias para o vôlei começar…
Por Daniel Bortoletto, em Paris