Gabi Conegliano
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Destaques - Paris-2024 - Seleção Brasileira - 8 de agosto de 2024

Gabi assume parcela na derrota e diz que time merece medalha

Ponteira admite que atuação individual abaixo da média desestabilizou o conjunto verde-amarelo na derrota para os Estados Unidos na semi


A ponteira Gabi assumiu sua parcela de responsabilidade pela eliminação da Seleção Brasileira na semifinal dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, após a derrota para os Estados Unidos no tie-break. A capitã teve dificuldade na virada de bola em parte do jogo. Terminou com 16 acertos e apresentou um crescimento considerável no quarto set, mas não conseguiu evitar o resultado negativo que tira o time verde-amarelo da disputa pelo ouro. Nem por isso abaixou a cabeça.

– Eu tenho a noção de que grande parte da responsabilidade pela derrota passa muito por mim, por não ter começado efetivamente bem no ataque e não ter conseguido ajudar no contra-ataque, principalmente. Eu não estava tão eficiente e sei que, por ser uma grande referência para o time, isso acaba desestabilizando um pouco, principalmente as mais novas, para termos mais opções de virada de bola. Mas fico orgulhosa das meninas, da Aninha, principalmente, por ter feito uma partida incrível, por ter puxado o time desde o início. E pelo fato de a gente não ter desistido da partida, ter buscado o tie-break e lutado até o final. Agora esfriar a cabeça, a gente teve grandes oportunidades e não conseguiu aproveitá-las. A gente perde para um grande time, mas agora é esfriar a cabeça. Essa equipe não merece sair daqui sem uma medalha – disse Gabi.

O ingrediente para buscar um lugar no pódio, segundo a ponteira, será o estado mental da Seleção Brasileira diante do resultado amargo.

– A gente não queria estar disputando a medalha de bronze. Mas, por tudo que a gente construiu até agora, por tudo que a gente fez, a gente merece muito sair com essa medalha. A gente vai agora, mais do que nunca, jogar com muita raiva, com muita vontade, porque o Brasil merece essa medalha de bronze e a gente merece muito. Tem que doer, sim, na gente, agora. Vai ser muito difícil de dormir, mas a gente tem dois dias para se recuperar mentalmente. E essa disputa de bronze vai ser completamente um jogo mental. Mais do que físico, tático ou técnico.

Gabi evitou qualquer associação entre a derrota em Paris e outros resultados negativos diante dos Estados Unidos, como na final olímpica de Tóquio, há três anos. Para a ponteira, o revés pode ser explicado pela incapacidade de aproveitar chances criadas pela Seleção.

– Eu não acho mais que seja um bicho-papão e sim que a gente perdeu oportunidades. A gente demorou a entender que elas estavam jogando com muita velocidade na ponta e teve dificuldade de marcar algumas jogadoras ali, mesmo com o passe estourado. Nosso bloqueio não estava funcionando tão bem como funcionou em outros momentos. E quando funcionou, a gente não teve tanta lucidez nos contra-ataques – finalizou Gabi.