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Destaques - Paris-2024 - Praia - 10 de agosto de 2024

Duda supera começo difícil e celebra momento único

Brasileira sentiu o início da final, mas deu a volta por cima


Duda carrega contigo um status não muito simples de lidar: ser a melhor jogadora do mundo. Desde o surgimento na base, como um fenômeno mais do que especial, até a consagração nesta sexta-feira (9/8), com a medalha de ouro em Paris-2024.

Um peso, certamente. Mas uma responsabilidade em momentos decisivos. Não foi diferente na final contra as canadenses Melissa e Brandie. As rivais das brasileiras tinha uma tática clara no começo da final: forçar o jogo em Duda. E parecia dar certo, com a dupla do Canadá assustando com seis pontos de diferença no primeiro set. Mas, aos poucos, o panorama foi mudando. E a craque brasileira explica como:

– Elas começaram a partida forçando o jogo em mim. É o último jogo da Olimpíada então tentei, busquei e não conseguia virar, Patrícia começou a vibrar, depois o jogo passou pra ela, teve dificuldade e eu falei: “A gente tem que fazer alguma coisa diferente, vamos gritar, vamos vibrar, vamos tirar porque é nosso único momento aqui, os últimos pontos que a gente vai viver”. Espero viver novamente, mas é único, é um momento único então tem que vibrar, tem que comemorar, tem que viver, tem que sentir e deu certo – disse Duda.

Lucas Palermo, treinador da dupla, disse ao Web Vôlei que esperava essa tática das canadenses:

– A gente esperava. Esse time já vinha fazendo isso. Teve um momento em que acabamos nos perdendo taticamente e acabou indo no coração. Esquece a tática agora e vamos na raça pois isso aqui e final olímpica. Mas elas se encontraram.

Se hoje são medalhistas olímpicas de ouro, Duda e Ana Patrícia sonharam juntas. Se conhecem desde a infância e passaram poucas e boas na adolescência. Atuaram juntas na base, quando ganharam uma espécie de Olimpíada para jovens. Chegaram ao profissional como esperanças de o Brasil voltar a subir no degrau mais alto do maior evento esportivo do planeta. Estrearam nos Jogos em 2021, com parceiras diferentes e não chegaram à disputa por medalhas. Agora, aos 26 anos, vivem juntas o maior sonho.

– Passa um filme na cabeça e conseguimos esse resultado depois de 10 anos, quando fomos campeãs dos Jogos da Juventude – finaliza a sorridente Duda.

Por Daniel Bortoletto, em Paris