Velasco celebra primeiro ouro olímpico pessoal e pela Itália

Treinador campeão olímpico feminino com a Itália, Júlio Velasco desabafou sobre a conquista e seu primeiro ouro olímpico. O argentino, que também tem cidadania italiana, assumiu que ainda não tem tamanho do feito alcançado neste final de semana. No entanto, ele enfatizou que sempre acreditou no primeiro lugar.

– Precisamos de tempo para perceber o que fizemos porque foi uma Olimpíada incrível. Sempre dissemos que jogaríamos jogo a jogo, bola a bola, sem pensar nos pontos que perdemos. Tivemos muita determinação e estivemos bem na defesa- comentou Velasco.

Ainda nesta linha, Velasco falou da importância da vitória para o povo italiano, sobretudo para as mulheres. O treinador também deixou de lado o “estigma” de nunca ter vencido os Jogos Olímpicos com a geração masculina nos anos 1990 e 2000. Foram duas disputas, com um prata em 1996. Aquele time ganhou todos os demais campeonatos e ganhou o status de “geração dos fenômenos”.

–  Demos tudo pelo nosso sonho. Esta é uma vitória do movimento do vôlei feminino. Na Itália, é o esporte feminino número 1. Faltava apenas uma vitória desta magnitude para dar esse salto em todos os níveis – revelou Velasco.

Por fim, o treinador de 72 anos explicou o que ele acha que fez de diferente para levar a Itália ao título da VNL e dos Jogos Olímpicos em menos de um ano de trabalho. Ele foi contratado em novembro de 2023, substituindo Davide Mazzanti, que havia afastado algumas atletas e não tinha boa relação com Egonu.

– Tive de dar prioridade às mudanças e fazê-las rapidamente. As jogadoras trabalharam muito e parecia que estávamos juntos há muito tempo. Estando juntos sob tanto stress, a equipe tem de estar unida e otimista – concluiu Velasco.

A Itália conquistou os Jogos Olímpicos de Paris-2024 com 100% de aproveitamento em cinco partidas, e apenas um set perdido. Na fase de grupos, as comandadas de Velasco derrotaram a República Dominicana por 3 a 1; Turquia e Holanda por 3 sets a 0. Nas quartas de final, as italianas superaram as sérvias por 3 a 0, mesmo placar da semifinal diante das turcas e da final contra os Estados Unidos.