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Destaques - Internacional - 8 de dezembro de 2024

Bate-boca na Itália: Santarelli responde Bernardi

Treinador do Novara reclamou do poderio financeiro do Conegliano


O clima esquentou entre dois treinadores renomados no vôlei italiano. Neste sábado (7/12), Daniele Santarelli, do Conegliano, rebateu as declarações de Lorenzo Bernardi, do Novara, responsável por iniciar o bate-boca. A treta pela imprensa começou com Bernardi, ao ser questionado sobre a disputa com o Conegliano, primeiro colocado do Italiano com 13 triunfos em 13 partidas, e vencedor das últimas temporadas.

– Para competir com Conegliano é preciso comprar jogadoras que custem mais de 1 milhão ou perto de 1 milhão de euros. Elas são poucas no mundo e eles têm essas jogadoras.

A declaração não caiu bem do lado do Conegliano. Depois de vencer o Firenze por 3 a 0, ontem, Santarelli respondeu:

– Estou um pouco perplexo com a forma como alguns falam de nós. Acredito que tudo o que Conegliano fez nos últimos anos foi merecido em quadra antes de mais nada, também merecemos credibilidade nos bastidores, os resultados vieram por um motivo. Não porque trouxemos algumas jogadoras aqui e pronto, mas por existir uma estrutura, uma forma de trabalhar, certa credibilidade e confiança – disse Santarelli, que emendou.

– Eu me senti menosprezado por suas declarações? Não, absolutamente não. Sinto muito pelas declarações, nunca teria feito tal declaração na minha vida, acredito que quem respondeu da melhor forma foi o meu presidente.

Antes de Santarelli, Pietro Maschio, presidente do Conegliano, entrou no bate-boca e rebateu Bernardi:

– Acho que é uma provocação, afinal Bernardi foi e ainda é um grande competidor. A provocação no mundo do esporte é boa, provavelmente representa uma das armas para criar algum aborrecimento no nosso dia a dia, mas isso não vai acontecer aqui. Quando enfrentamos projetos com orçamentos superiores aos nossos na Itália e na Europa nunca olhamos para o aspecto econômico, mas sim para a organização esportiva e empresarial, tanto quando ganhamos como quando perdemos.

Bernardi não citou nomes de atletas em sua declaração, mas Santarelli usou o exemplo de Gabi para reforçar “que nem tudo é dinheiro”.

– Há muitas, muitas pessoas que são workaholics. Eu me considero uma dessas. Cometemos nossos erros como todo mundo, mas se jogadoras como a Gabi querem vir até nós deve haver um motivo, certo? E não creio que seja apenas o aspecto econômico.