Superliga CBV
Home Destaques Nota da CBV sobre criação de Liga e gastos com a Superliga
Destaques - Superliga - 4 de outubro de 2025

Nota da CBV sobre criação de Liga e gastos com a Superliga


No fim da tarde desta sexta-feira (3/10), a Confederação Brasileira de Vôlei publicou uma longa nota oficial para defender sua gestão na Superliga. A entidade citou valores investidos em diversas áreas da competição, garante ter se reunido com investidores interessados, além de garantir estar aberta para discutir mudanças com os clubes.

No último encontro entre clubes e a CBV, o clima esquentou após alguns pontos serem debatidos. Um deles foi a negativa dada pelos dirigentes para a proposta de transmissão feita pela Livemode, a controladora da CazéTV. Para a temporada 2025/2026, o Grupo Globo irá direcionar algumas transmissões para a GE TV. Os clubes também foram informados de que os naming rights da Superliga não foram vendidos no mercado publicitário.

Tudo isso aumentou a insatisfação de maioria dos clubes, que já haviam discutindo nos meses anteriores a possibilidade de mudar a gestão da Superliga.

Confira a nota da entidade:

“Diante das recentes notícias veiculadas na imprensa sobre a criação de uma Liga Independente e os valores de premiação da Superliga, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) esclarece algumas informações.

A CBV tem uma relação de diálogo e parceria com os clubes que participam da competição e está sempre aberta a discutir propostas e diferentes formatos que visem a evolução da Superliga.

O regulamento técnico da competição é anualmente debatido e aprovado por todas as equipes e, em 2024, foi criada a Comissão de Clubes, que analisa temas relacionados ao desenvolvimento técnico, marketing, comunicação e atendimento ao público.

Nesse contexto, na última reunião com os participantes da edição 25/26, realizada no Rio de Janeiro entre os dias 12 e 14 de agosto, foi informado aos clubes que a CBV tem se reunido com investidores interessados na competição, e que todas as propostas recebidas serão previamente submetidas para análise da Comissão de Clubes, antes da deliberação final da CBV.

Nessa mesma reunião também foram apresentados, de forma transparente e objetiva, todos os recursos aplicados e benefícios distribuídos ao logo da última edição do campeonato. É importante esclarecer que a CBV faz investimentos permanentes na Superliga em prol de sua evolução como competição e como produto, levando em consideração as trocas e debates com os clubes e um estudo diagnóstico contratado junto à empresa Ernst & Young (EY).

Os benefícios para os 24 clubes são oferecidos através de repasses, isenções de taxas, reembolsos, premiações, logística de viagens e organização. Em diversas competições, grande parte dessas despesas cabe aos clubes e, na Superliga, esses custos são absorvidos pela CBV desonerando as equipes e permitindo que sejam realizados mais investimentos nas formações de elencos e na preparação das equipes.

Na edição 24/25 da Superliga, a CBV repassou R$ 1 milhão e 536 mil aos participantes, ofertados como ajuda de custo para o campeonato, mas além disso, entregou aos clubes e à competição:

A aquisição e impostos pagos para seis novos equipamentos de desafio e softwares, além da conversão de 12 já existentes, no valor de cerca de R$ 3 milhões 182 mil. Hoje a CBV possui 18 equipamentos de desafio.

Desde 2024, a CBV assumiu todo o custo operacional e logístico do sistema de desafio nas partidas, que antes era de responsabilidade dos clubes, somando R$ 1 milhão e 36 mil.

Foram investidos mais R$ 319 mil para viabilizar o uso do sistema de súmulas eletrônicas e estatística dos jogos, publicadas no site da CBV em tempo real.

Na fase classificatória foram emitidas passagens aéreas para as 24 equipes, em 264 jogos, por meio do acordo da CBV com o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC). Para viabilizar essa operação, a CBV teve um custo adicional de R$ 910 mil, reembolsando aos clubes a taxa de anuidade paga por eles ao CBC.

Já para a fase dos playoffs, coube à CBV arcar com todo o custo de transporte aéreo e terrestre das 16 equipes para os 29 jogos, com um investimento de R$ 2 milhões e 363 mil.

A CBV também isentou todos os clubes das taxas de arbitragem. Sendo que para a implementação da arbitragem neutra foram investidos cerca de R$ 2 milhões para cobrir os custos com remuneração, alimentação, transporte e hospedagem dos árbitros nos 293 jogos da competição.

Outro investimento da CBV foi no custeio dos delegados técnicos e montadores de quadra nos ginásios de 20 cidades ao longo de toda a competição com o custo somado de R$ 647 mil.

Para a manutenção e melhorias do site, operação do Fantasy Game e redes sociais da Superliga foram investidos R$ 414 mil. E para produção dos jogos para transmissão pela internet mais R$ 615 mil.

Ao final da competição, a CBV ainda distribuiu o valor de R$ 1 milhão e 328 mil em bônus de performance, conforme a colocação de cada clube. Foram distribuídas, de forma gratuita, 1728 bolas Mikasa, 72 unidades para cada uma das 24 equipes, para utilização em seus treinamentos e jogos. No custo final da Superliga também foi contabilizado o custo anual dos recursos humanos da CBV exclusivamente dedicados a organização da competição.

Encerrado o campeonato, a CBV apurou um custo aproximado de R$ 17 milhões na Superliga 24/25. O valor arrecadado com os direitos de transmissão, somado a outros valores de patrocínio, foi investido nos custos do evento e em benefícios para os clubes.

Assim sendo, a CBV, cumprindo seu compromisso no desenvolvimento da modalidade e do apoio e diálogo com clubes e atletas, segue aberta para receber propostas, sugestões e críticas que de fato possam melhorar as condições de preparação dos clubes e de organização dessa e de outras competições promovidas pela entidade, e que sejam benéficas para o desenvolvimento e a evolução do voleibol brasileiro e de todo o seu ecossistema”, publicou.