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Destaques - Estaduais - Seleção Brasileira - 11 de outubro de 2019

Escadinha: “O nível técnico dos nossos líberos caiu demais”

O bicampeão olímpico Serginho Escadinha criticou revezamento entre líberos para passe e saque


Em entrevista ao portal Globo.com, publicada nesta sexta-feira, o líbero Serginho Escadinha, bicampeão olímpico com a Seleção Brasileira (Atenas-2004 e Rio-2016), fez uma análise sobre a os líberos do país. Para ele, os jogadores da posição precisam ser mais completos.

– Acho que o nível técnico dos nossos líberos caiu demais. Na minha cabeça, não entra um líbero que só passa e outro que só defende. Assim como na minha cabeça não vai entrar nunca um levantador que só passa, só levanta ou só saca. O líbero tem que ser completo, equilibrado. Tem que usar as duas funções muito bem, além de comunicação, cobertura. Tem que ser, mais ou menos, um termômetro e um técnico dentro de quadra – disse o jogador, que foi eliminado com o São Francisco Saúde/Ribeirão, nas quartas de final do Campeonato Paulista, nesta noite, após derrota em Taubaté.

Durante boa parte dos últimos campeonatos, a Seleção Brasileiro revezou Thales (passe) e Maique (defesa). Na Copa do Mundo, já em momento de definição do elenco de 12 atletas para a Olimpíada de Tóquio, Renan Dal Zotto efetivou Thales nas duas funções.

– Hoje é difícil citar um nome. Quando um passa bem, ele não defende e vice-versa. O líbero precisa ter os dois fundamentos. Ter líberos restritos é muito ruim para o voleibol. Acho que é algo que precisa ser revisto. As categorias de base precisam trabalhar em líberos equilibrados – completou Serginho, em entrevista ao site.

Escadinha falou também sobre o atual momento da Seleção. Além da renovação na sua posição de líbero, o time que está na Copa do Mundo sofreu mudanças com a entrada de Leal e com Alan, que vem sendo um dos grandes nomes da competição, no lugar de Wallace.

– Grandes jogadores estão surgindo, como é o caso do Alan, que é um oposto que tem ganhado oportunidade de jogar e tem correspondido em quadra. O próprio Leal também não é aquele Leal que se vê nos clubes, talvez por uma questão de adaptação, o que é normal. Nosso jogo é totalmente diferente do de Cuba. A Seleção Brasileira joga com mais velocidade, não são tantas bolas altas. Tanto que todos os times que jogam contra o Brasil usam como arma o saque, porque sabem que com a bola na mão fica complicado por conta dos atacantes que nós temos.

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