Nyeme marca belo ponto. Mas regra não reconhece
A líbero Nyeme, revelação do último Campeonato Paulista com o São Paulo/Barueri, protagonizou um dos pontos mais bonitos da primeira rodada da Superliga feminina.
Nesta terça-feira, no Ginásio José Correa, em Barueri, ela finalizou um longo rally com uma jogada de craque. Veja no vídeo publicado no Twitter da TV NSports.
QUE PONTAÇO DA NYEME PARA AUMENTAR A VANTAGEM DO SÃO PAULO/BARUERI!!
São Paulo/Barueri x @FluminenseFC
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??? Ao vivo e exclusivo no Canal Vôlei Brasil! Aproveite para assinar o Pay-Per-View da Superliga: https://t.co/vOMnTmE8CL#TVNsports #Superliga #SuperligaFeminina pic.twitter.com/xzC4HZvNW8— TV NSports (@tvnsports) November 13, 2019
Comemoração válida. Mas o ponto não entra nas estatísticas como feito por Nyeme.
Desde a criação do líbero, as regras da Federação Internacional não permitem ao jogador da posição, um especialistas em passe e defesa, fazer parte da zona de ataque. Ou seja, qualquer ponto feito por um líbero é considerado erro da equipe rival.
Na minha modesta opinião, uma falha de julgamento. Entendo a condição do líbero, um atleta “especial” lá na criação da regra, no início do século. Mas o jogo evoluiu a partir da introdução desta função. E a regra deveria também acompanhar tal evolução.
Graças a alguns craques da posição, o vôlei aumentou o espetáculo nos jogos, viu o tempo dos rallies crescer e permitiu até a criação do líbero apenas para defesa e outro apenas para passe. Então, já não seria hora de permitir na regra a pontuação do líbero, em lances parecidas com o de Nyeme?
Ali não existiu erro do Fluminense. Houve, sim, o mérito da líbero de Barueri. Por justiça, o ponto deveria ser, sim, creditado, para Nyeme (reveja aqui entrevista exclusiva com a atleta).
Preocupada com a espetacularização, com a transformação do vôlei em um evento mais midiático, a FIVB deveria pensar em alterar uma regra simples para dar mais valor aos líberos.
Quem concorda?
Por Daniel Bortoletto