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Internacional - Tóquio-2020 - 9 de janeiro de 2020

França, quem diria, na final do Pré-Olímpico Europeu

Depois de sair perdendo por 2 a 0, França vira sobre a Eslovênia e é finalista


A França, aquela mesmo, é a primeira finalista do Pré-Olímpico Europeu masculino. Nesta quinta-feira, a remendada equipe de Laurent Tillie venceu a Eslovênia, em uma batalha de cinco sets em Berlim (ALE), de virada, parciais de 13-25, 22-25, 25-14, 25-21 e 15-9.

O maior pontuador na reviravolta francesa foi o oposto Patry. O substituto de Boyer anotou 22 pontos, 18 deles no ataque, com aproveitamento de 46%. Para quem não se recorda, o então titular da posição, alegando “questões pessoais”, pediu dispensa dias antes da estreia no Pré-Olímpico. Segundo a mídia italiana, o real fator foi uma briga ainda não digerida com Ngapeth durante o Campeonato Europeu do ano passado.

Por falar em Ngapeth, ele terminou a semifinal com 18 pontos. No ataque, um abaixo percentual de acerto (29%). Ele, porém, fez quatro pontos no bloqueio, liderando a França no fundamento, além de dois aces. E pensar que um mês atrás o craque era preso em Belo Horizonte por acusação de importunação sexual.

Do banco de reservas saíram mais dois protagonistas da virada: o levantador Brizard e o ponta Louati. Eles substituíram os experientes Toniutti e Kévin Tillie. O ponteiro fez 11 pontos, enquanto o levantador, sete.

O diferencial entre os fundamentos foi o saque. Foram 12 aces franceses, contra apenas quatro dos eslovenos.

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Comemoração francesa em Berlim (FIVB Divulgação)

Vice-campeã europeia, a valente seleção da Eslovênia teve o oposto Toncek Stern como maior pontuador (20), seguidos pelos ponteiros Urnaut (14) e Cebulj (13). Mas certamente será uma noite de insônia após ter vantagem de 2 a 0 em uma semifinal de Pré-Olímpico.

A França aguarda agora o vencedor de Bulgária e Alemanha, jogo ainda nesta tarde. Admito ser incrível estar escrevendo sobre a seleção francesa como finalista, após crises de relacionamentos, baixas por lesões e uma campanha na primeira fase com apenas uma vitória (Sérvia) e duas derrotas (Bulgária e Holanda).

Quem parecia tão longe de Tóquio está a apenas uma vitória da Olimpíada.

Por Daniel Bortoletto