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Coluna - Seleção Brasileira - Tóquio-2020 - 4 de fevereiro de 2020

O momento do trio dos sonhos de Zé Roberto

Tandara, Gabi e Natália raramente estiveram juntas na Seleção. E Zé Roberto aposta muito nelas para Tóquio


José Roberto Guimarães não escondeu, durante todo o atual ciclo olímpico, a lamentação por utilizar tão pouco o trio formado por Tandara, Gabi e Natália.

No time idealizado na cabeça do treinador, as três formam parte importante da espinha dorsal da Seleção Brasileira, em busca de um passe mais seguro e da bola de segurança no ataque. Por diferentes problemas físicos de cada uma nos últimos três anos, Tandara, Gabi e Natála foram vistas juntas apenas na Copa dos Campeões, em 2017, e em momentos do Pré-Olímpico, no ano passado.

A três meses do início da preparação para os Jogos Olímpicos, as três vivem um bom momento pelos respectivos clubes, aumentando a expectativas dos torcedores para Tóquio-2020.

Na primeira temporada no exterior, no Vakifbank, da Turquia, Gabi tem se destacado no passe. Ela lidera as estatísticas de recepção tanto na Champions League quanto no Campeonato Turco.

Na principal competição europeia, Gabi possui 56,16% de passes perfeitos nas quatro partidas disputadas. Já no Turco, após 14 rodadas, a brasileira ocupa o primeiro lugar com 63% de eficiência. As estatísticas na Turquia ainda apresentam um ranking, por posição, juntando os dados de passe, saque, bloqueio e ataque. Nele, Gabi ocupa o quarto lugar, atrás de Karakurt, Mihajlovic e Kim.

Adversária de Gabi pelo Eczacibasi, Natália aparece neste mesmo ranking consolidado das ponteiras do Campeonato Turco em 11º. Após quatro rodadas da Champions, a camisa 12 marcou 61 pontos, seis a menos do que Boskovic, companheira de time, e sete atrás de Egonu. Dois bons parâmetros, mesmo em posições diferentes.

Por fim, Tandara voltou para o Brasil após uma temporada para ser esquecida na China, onde sofreu uma grave lesão no tornozelo. No Sesc, teve outros pequenos problemas físicos, dificultando o ganho de ritmo de jogo. Até que na final da Copa Brasil, no sábado, em Jaraguá do Sul, ela bateu o recorde de pontos em competições da CBV, com 40 acertos. A melhor atuação nos últimos tempos fez oposto admitir que se sentia em dívida e arrancou elogios até de adversárias.

Já na Superliga, Tandara tem a segunda melhor média de pontos marcados por set: 5,11, atrás apenas da azeri Polina Rahimova, com 5,35.

Bom momento do trio à parte, a comissão técnica de Zé Roberto faz um monitoramento constante das condições físicas de Gabi, Natália e Tandara. A grande preocupação é tê-las saudáveis para o segundo semestre, para, enfim, ter em quadra o trio na busca pelo terceiro ouro olímpico.

Por Daniel Bortoletto