Por necessidade, Bertolini vira oposto e é destaque do Maringá

O central Gabriel Bertolini tem sido um dos destaques do Denk Maringá nas últimas partidas. O que chama a atenção, é que ele não tem atuado em sua posição de origem. Desde que mais de metade do time deixou o grupo por causa do atraso dos salários – o patrocinador master do time não repassa o valor estabelecido em contrato desde outubro do ano passado -, Bertolini tem sido escalado como oposto. E está surpreendendo.

Os três opostos do Maringá deixaram o time por não conseguirem mais se manter na cidade por cauda da falta de pagamento dos salários: Lorena, Alemão e Lucas Borges. Em três, das últimas seis partidas do Maringá, Bertolini foi o maior pontuador do time. Ele fala das dificuldades do grupo, que tem apenas oito jogadores na equipe, atualmente.

– Está sendo um grande desafio jogar de oposto. É uma posição que exige muita técnica de ataque e desempenho físico, características que ao meu ver sempre procurei evoluir quando eu jogava de central. Trata-se de uma nova experiência e fico feliz que está dando certo e estou podendo ajudar meu time , sou muito grato aos meus companheiros de equipe que me dão todo o apoio e principalmente ao meu técnico Alessandro Fadul e toda comissão técnica por terem acreditado em mim para essa nova função – disse Bertolini.

– Estamos nos doando ao máximo para pensar apenas nos próximos jogos da temporada apesar dos problemas fora das quadras. O trabalho mental é essencial para focarmos apenas nos jogos e no nosso futuro no esporte. O grupo que permaneceu é muito unido e realmente é um time de guerreiros pois a cada treino o pensamento é apenas de evolução. Decidi permanecer em Maringá para dar sequência no trabalho que iniciei, além do fato de já estar familiarizado com a cidade e a torcida maringaense que sempre apoiou o time incondicionalmente. É muito importante a força que a torcida nos dá a cada dia, sempre nos incentivando e dando motivo para acreditarmos a cada jogo na vitória. E nada disso seria possível sem a ajuda da minha família – completou o central.

Natural de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, Bertolini começou jogando como central, no São Caetano, em 2013, e ganhou visibilidade na Taça Paraná, quando foi eleito o melhor jogador e melhor atacante do campeonato. Logo aconteceram as convocações para a seleção paulista (foi duas vezes campeão brasileiro) e também vestiu a camisa do Sesi SP.

– Minha primeira convocação para Seleção Brasileira de base foi no ano de 2015 quando tive a oportunidade de jogar meu primeiro campeonato Mundial e sem dúvida um dos títulos mais marcantes com a seleção de base foi o campeonato Pan-Americano disputado no Canadá no ano 2017. Fiz parte também do elenco do SESC Rj , onde fomos campeão da Superliga B. No SESI SP foi onde passei a maior parte da minha carreira , passei pela base e também pelo adulto , onde tive o privilégio de jogar ao lado de grandes ídolos do nosso esporte como Murilo, Lipe, William, Lucão e Éder – relembra o jogador.

Playoffs

O Maringá perdeu para o Itapetininga por 3 sets a 2, sábado, depois de estar vencendo por 2 a 0, no Ginásio Chico Neto, mas ainda tem chances matemáticas de garantir vaga nos playoffs da Superliga Banco do Brasil Masculina 2019/2020. O time tem dois jogos pela frente: O América, terça-feira (10.03), às 19h30, em Montes Claros, e o já classificado Apan Blumenau, sábado (14.03), em Blumenau. Confira aqui a classificação.