Hylmer Dias fala de Fla-Flu, base, ranking e revelações da temporada

A rodada de encerramento da fase classificatória da Superliga Banco do Brasil Feminina 2019/2020, nesta terça-feira – com todos os cinco jogos começando às 21h30 – vai definir os playoffs da quartas de final, e reservou um clássico que mexe com a torcida carioca: o Fla x Flu, no Ginásio Hélio Maurício, na Gávea, com transmissão pelo site Globo Esporte.com. Confira aqui o que ainda está em jogo nesta terça-feira.

Técnico do Flu,  Hylmer Dias espera um jogo muito disputado na casa do rival:

– Não viemos de uma atuação boa contra Curitiba e queremos ir em busca de uma vitória sabendo da melhora do Flamengo, adversário que respeitamos muito, mesmo após uma fase difícil na competição em que eles passaram – disse o treinador.

As situações são distintas. Enquanto o Fluminense já está classificado para a próxima fase, na sétima posição, o Rubro-Negro precisa ganhar para não correr risco de ser rebaixado. O Flamengo ocupa a décima posição, com 15 pontos, fora da zona do descenso, mas ainda pode ser alcançado por Valinhos, que tem 12 pontos, e recebe o Osasco Audax em seu ginásio.

O Flu já está consolidado na sétima posição. Independentemente dos resultados da rodada, não cai para oitavo, nem sobe para sexto. Veja aqui a classificação. O que ele espera agora é a definição do seu adversário nos playoffs: Sesc RJ ou Itambé Minas. Pela tabela atual, o rival será o time mineiro.

Hylmer comenta a boa campanha do Tricolor na temporada, mas confessa que ficou preocupado com o rendimento da equipe na Superliga, pelo nível dos seis primeiros colocados e por não ter conseguido chegar à final do Carioca, disputada entre Sesc e Flamengo:

– Quando começou a Superliga, vi os cinco primeiros times da tabela bem acima de nós. Barueri, após ganhar o Paulista, ficou num nível acima também. Então, imaginei que restariam apenas duas vagas nos playoffs para quatro times (Flu, Fla, Pinheiros e Curitiba). Saí do Carioca – competição em que não fomos à final – preocupado, mas trabalhamos muito, crescemos e tivemos grandes momentos nesta primeira fase, o que consolidou nossa classificação para os playoffs pelo quarto ano seguido. Estou muito feliz.

Técnico da Seleção Brasileira Feminina Sub-18, que ficou com a medalha de bronze no Mundial do Egito, em setembro do ano passado, Hylmer comenta a falta de revelação de novas ponteiras passadoras, um dos problemas enfrentados pelos times na Superliga:

– Acho que o problema vem que o número de técnicos formadores e abnegados na formação de atletas tem diminuído. Precisamos achar uma forma de remunerar melhor os formadores. Clubes precisam ter mais apoio, porque as despesas são muitas. Só assim voltaremos a formas atletas de qualidade, como no passado – acredita o treinador, que aponta as ponteiras Tainara, do São Paulo/Barueri, e Karina, do Pinheiros, como dua boas revelações na posição nesta temporada.

Hylmer comenta sobre a possibilidade de se acabar com o ranking, que alguns clubes estão propondo já para a próxima temporada e também de aumentarem o número de estrangeiras inscritas de duas para três.

– Sou a favor de um equilíbrio maior não sei se com o ranking ou sem. Acho ruim aumentar o número de estrangeiras, porque os times de cima da tabela se fortalecerão mais ainda e a diferença aumentará muito, prevalecendo o poder econômico. Ainda acho duas ideal.

Aos 42 anos, o carioca Hylmer relembra o início da carreira no voleibol e dos profissionais com os quais já trabalhou:

– Comecei no Flu com Benê. Fui um jogador mediano. Iniciei minha carreira de treinador na Hebraica Rio, em 1998/99 e em 2001 fui para o Flu, onde estou até hoje onde tive a felicidade descer campeão estadual de mirim a adulto, Taça Paraná, Copa Minas e Copa Cidade Maravilhosa. Com a Seleção Carioca, participei de 10 brasileiros com 8 finais e 4 títulos. Na Seleção Brasileira, fui assistente durante dois anos do Mauricio Thomas e durante um ano do Hairton Cabral e no último ano virei o treinador da equipe que brilhantemente foi bronze no Mundial Sub-18 no Egito. E não não posso deixar de citar que trabalhei durante 12 anos como “braço” (assistente nos treinos) na equipe do Rexona, hoje Sesc, de onde tirei meus maiores aprendizados não só no vôlei, mas como um profissional deve ser – conta Hylmer.

SUPERLIGA BANCO DO BRASIL FEMININA 2019/2020

Décima primeira rodada do returno

08.03 (DOMINGO) – Curitiba Vôlei (PR) 1 x 3 São Paulo/Barueri (SP), às 20h, na Universidade Positivo, em Curitiba (PR) – TV CULTURA (25/19, 18/25, 24/26 e 23/25)

10.03 (TERÇA-FEIRA) – Flamengo (RJ) x Fluminense (RJ), às 21h30, no Hélio Maurício, no Rio de Janeiro (RJ) – GLOBOESPORTE.COM

10.03 (TERÇA-FEIRA) – Pinheiros (SP) x Sesc RJ, às 21h30, no Henrique Villaboin, em São Paulo (SP) – CANAL VÔLEI BRASIL

10.03 (TERÇA-FEIRA) – São Cristóvão Saúde/São Caetano (SP) x Sesi Vôlei Bauru (SP), às 21h30, no Lauro Gomes, em São Caetano (SP) – CANAL VÔLEI BRASIL

10.03 (TERÇA-FEIRA) – Valinhos Vôlei (SP) x Osasco Audax São Cristóvão Saúde (SP), às 21h30, no Centro de Treinamento Valinhos, em Valinhos (SP) – CANAL VÔLEI BRASIL

10.03 (TERÇA-FEIRA) – Itambé/Minas (MG) x Dentil/Praia Clube (MG), às 21h30, na Arena Minas, em Belo Horizonte (MG) – SPORTV 2