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Entrevista - Superliga - 7 de abril de 2020

Vaccari: “Acredito que posso estar no grupo da Olimpíada”


Pai da pequena Heleninha, de 10 meses, que encanta com sua fofura e sorrisos nas redes sociais e na torcida no Ginásio do Taquaral, o ponteiro Gabriel Vaccari, 23 anos, vive um grande momento na vida pessoal e profissional.

Cumprindo o isolamento social ao lado da esposa, Dayane e da família, em  Goiânia (GO), ele falou, em um bate-papo com o Web Vôlei, que acreditava que o Vôlei Renata poderia chegar às semifinais da Superliga 2019/2020, falou das expectativas para a próxima temporada e que o adiamento da Olimpíada para o ano que vem o faz sonhar com uma chance no grupo.

– Tinha uma certeza muito grande de que a gente chegaria à semifinal -, disse o jogador, que nasceu em Curitiba (PR), mas foi criado em Goiânia.

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A Superliga Masculina ainda não foi oficialmente encerrada, mas dificilmente será retomada e os jogadores de todos os clubes já foram inclusive liberados pelos seus times para cumprir o isolamento social com suas famílias, mesmo que seja em outra cidade. Ainda faltava uma rodada para terminar a fase classificatória, mas provavelmente o adversário do Vôlei Renata nas quartas de final seria o Sesi SP, adversário que o time venceu tanto na  Superliga quanto no Paulistão.

– Tinha fé na vaga na semifinal. Nosso time tem a força na união. Tem peças que muitas vezes podem aparecer mais em um ponto ou e outro, mas sempre tendo o suporte do companheiro por trás. É uma equipe de verdade. Cada jogador desempenha bem o seu papel. Não tem nada de muito diferente, mas realmente a união faz a nossa força – disse Vaccari que, antes da paralisação da Superliga já havia encaminhado bem sua permanência no time de Campinas por mais uma temporada.

Ele, que pode ir para a sua terceira temporada no clube, elogia o trabalho do técnico Horácio Dileo.

– Acho muito bom trabalhar com o Horácio. Ele tem uma didática diferente de todos dos outros técnicos. É um cara que conversa com você diariamente, não simplesmente treina. Ele te chama para conversar, ver como você está pessoalmente e lida com cada pessoa de forma diferente. Comigo foi muito bom. Amadureci, cresci, aprendi, desenvolvi uma outra visão de jogo com ele. Sou muito grato – disse.

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Treinando em casa, com Heleninha (Instagram/Divulgação)

Vaccari fez parte do grupo que ano passado treinou para o Pan-Americano de Lima, no Peru, mas acabou cortado pouco antes da viagem. O ponteiro acredita que, se mantiver o bom momento, pode ter chance no grupo de Tóquio-2021

– Com o adiamento das olimpíadas acho que muita coisa pode mudar. Muitas pessoas melhoram muito, muita coisa muda em um ano. Acredito sim que eu posso estar com o grupo da Olimpíada. Minha única experiência na Seleção foi no Pan. Fui cortado. Foi uma experiência boa. Muito bom treinar com a seleção, com os selecionáveis. Fico triste por ter sido cortado, mas isso é responsabilidade toda minha. Ninguém é responsável pelo meu corte, simplesmente eu. Sempre tiro aprendizado disso – disse.

Apesar da incerteza em relação ao calendário do vôlei na próxima temporada e do drama mundial por conta da disseminação do coronavírus, Vaccari busca leveza no dia a dia curtindo e acompanhando o desenvolvimento da filha Helena.

– Esse tempo de confinamento com a Helena tem sido muito bom. No dia a dia a gente não consegue ter tantos momentos assim, porque eu treino, às vezes fico muito cansado, nossa mente fica ansiosa, pensando no jogo, no treino, então num momento como esse eu consigo ter mais tempo com ela estando 100% com ela, brincando, me divertindo e dando toda a minha energia para ela, é muito bom. Ser pai é uma experiência maravilhosa. Primeiramente que faz a gente amadurecer, muda a nossa mente, a nossa perspectiva. A gente cria prioridades, cria um propósito e a nossa vida, nossas decisões se tornam diferentes. Tenho certeza que ter sido pai me fez um homem muito melhor – revelou.

Além de vestir a camisa da Seleção, Vaccari conta que tem o sonho de jogar no exterior:

– Um dos sonhos da minha carreira é jogar no exterior. São coisas que ficam passando na minha cabeça, ganhar títulos lá fora, na Europa. Tento excluir fatores externos que estão fora da minha ação. Primeiro penso em me tornar um jogador mais completo, melhorar meu nível técnico, me tornar um líder dentro de quadra. Esse é um objetivo meu e também jogar na Europa. O resto vem como consequência do meu desenvolvimento -, disse.

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