Lavarini: “Seria louco se dissesse que não gostaria de ser técnico da Seleção Brasileira”
Lavarini participou de uma live no sábado à noite e deu uma verdadeira aula de voleibol. O Web Vôlei separou os principais trechos
O ex-técnico do Itambé/Minas, Stefano Lavarini, participou, sábado á noite (18.04), de uma live organizada pela página “A beira da quadra” no Instagram e, ao lado de convidados especiais, como o seu ex-assistente Duda Nunes – hoje treinador do Curitiba -, deu uma verdadeira aula sobre voleibol e gestão.
Em uma hora e meia de conversa, Lavarini falou sobre como construiu uma carreira calcada no conhecimento prático (não tem formação acadêmica nem foi jogador), revelou os jogos mais difíceis da profissão, contou os desafios de implementar uma mentalidade diferente no Brasil e disse que aceitaria sim ser técnico da Seleção Brasileira, caso acontecesse o convite.
Em um bate-papo bem humorado, com muita informação tática e de bastidores, a torcida do Minas pôde matar a saudade do treinador que ficou duas temporadas no clube e conquistou quase tudo que era possível com a camisa do time: foi duas vezes campeão do Campeonato Mineiro, conquistou dois sul-americanos, uma Copa Brasil, uma Superliga e chegou à final do Mundial de Clubes de 2018, após uma vitória histórica na semifinal contra o Eczacibasi (TUR).
O Web Vôlei assistiu à live e separou abaixo os principais trechos da conversa:
Brasil x Itália: estrutura
Lavarini
As ligas são diferentes. A Itália tem a possibilidade de contratar mais estrangeiras do que foi o Brasil até agora – embora isso vá mudar, já que o regulamento agora permite que se contratem três estrangeiras a partir da próxima Superliga – e isso deixa o nível do campeonato mais alto. Mas, também acho que depende dos países. Pode ser que em cada campeonato seja diferente por conta do desenvolvimento das jogadoras da seleção de cada país. Acho que está certo. Cada país sabe das suas condições em relação às suas seleções. Mas acho que, principalmente por esse motivo, o campeonato da Itália e alguns times do campeonato da Turquia são de um nível maior.
Diferenças
Lavarini
As maiores diferenças que eu encontrei não foram na forma de montar um time. A gente trabalha mais ou menos do mesmo jeito, trabalhando primeiro nas características que o time tem de ter, para depois ir atrás das jogadoras no mercado. As maiores diferenças que eu encontrei, no caso do Minas, foram na estrutura do clube. O Minas, por exemplo, tem muitas modalidades convivendo juntas, milhares de sócios, uma estrutura que na Itália não existe. Tem clubes muito bem organizados, mas que só cuidam de vôlei, e muitos nem cuidam da base. Só do alto rendimento.
Características como treinador
Lavarini
Acho que tem várias possibilidades de chegar ao sucesso como a gente teve. Foram dois anos de sucesso. A minha trajetória foi baseada no aprendizado que eu tive na quadra no sentido só prático. Eu nunca estudei. Não me formei na universidade. Quando eu cheguei ao Brasil eu soube que, para ser técnico de vôlei, precisa ser formado. Felizmente, na minha carreira isso não foi necessário. Eu tive a possibilidade de começar muito cedo, como assistente, trabalhando na base e depois no adulto. Tive essa oportunidade por sorte, por uma série de situações. Achei certo o negócio de precisar de ser formado no Brasil par ser técnico, foi bacana no começo porque todo mundo me chamava de “professor” e eu falava que não queria “roubar” um diploma, nada disso (risos). Mas me explicaram que o motivo era esse, que os treinadores tinham de ser formados para exercer a profissão.
Como foi a formação da comissão técnica?
Lavarini
Quando eu cheguei ao Brasil eu não conhecia ninguém. Me coloquei nas mãos de Deus, no sentido de que vou ser aberto, compartilhar ideias, deixar os caras da comissão entender o que eu quero, como eu gosto de trabalhar e ao mesmo tempo tentar entender um pouco a cultura para ter a possibilidade de fazer algo bom, tentando balancear as duas coisas: fazer as coisas certas num lugar com cultura diferente, com o meu jeito. Fui desde o começo muito aberto neste sentido. E tive bastante sorte, porque desde o começo o relacionamento com o Duda, o Alexandre, o Rodrigo, a fisioterapia, a medicina… o clube é tão grande, com tantas possibilidades. Acho que a maior sorte foi o jeito dos brasileiros. Tive a sorte de conhecer gente boa. Consegui ser eu mesmo, trabalhar do meu jeito e balancear com o jeito das pessoas. Eu pensava, nos momentos difíceis, fica firme, se quisessem um técnico brasileiro, teriam contratado um técnico brasileiro. Precisava seguir confiando no que eu estava propondo naquele momento. Na Coreia, tive a possibilidade de montar mais uma vez uma baita comissão. A cultura é tão diferente, a língua é uma barreira bem grande, porque eles nem tentam falar inglês, nem querem.. Então o que foi o certo foi levar uns três profissionais que eu mais precisava, os melhores que eu conhecia, os melhores que eu trabalhei e montamos uma comissão que deu certo. Sempre tive sorte nas condições. Acho uma benção. Quando você está na “guerra”, precisa de parceiros que você precisa confiar, além de profissionais muito bons.
Desafios no Minas
Lavarini
De verdade, no trabalho não teve muita dificuldade. A escola brasileira é uma escola de muito trabalho, provavelmente de mais trabalho que a italiana. As meninas já estavam acostumadas com o trabalho duro, a disciplina e a questão da hierarquia. Nesse sentido, não houve problema nenhum. No começo, às vezes eu tinha algum problema com a pontualidade, porque na minha cultura, quando o treino é às 8h, 5 para as 8h você tem de estar pronto. Quando alguém chega às 8h01… nesse sentido foi um pouco difícil no começo, mas nunca mexeu na qualidade do trabalho e no quanto as meninas estavam acostumadas a trabalhar. A gente trabalhava muito sob o ponto de vista tático, dava muita atenção ao adversário, mais do que as meninas estavam acostumadas, mas nunca vi as meninas reclamando, ou cansadas, enjoadas pelos vídeos pelas informações que a gente passava para elas. Muitas me ajudaram com a questão da língua, como a Carol, que já tinha jogado na Itália. Eu tentei falar português desde o começo… sinceramente não lembro de dificuldades nesse sentido.
Duda
Eu estava dos dois lados… Estava na comissão, mas fazia o diálogo com as jogadoras. O que acho que foi difícil no início, e que o Stefano implantou, foi a mentalidade da busca pelo ponto. O levantamento tem de ser de uma forma na qual se tenha condição de buscar o ponto o tempo todo. Lembro que a gente quebrava a cabeça o tempo todo, saía do treino, parava na rua para conversar: será que vai dar, e a gente conseguiu fazer com que isso fosse implementado. Do primeiro para a segunda temporada, a diferença disso foi gritante. Não porque elas não aceitavam, mas porque levou tempo para ser implementado. Essa foi a virada de chave.
Lavarini
No sentido tático, foi realmente o maior desafio, mexer com essa questão tática foi fundamental, além da velocidade. Jogar mais rápido mesmo fora da rede. Mas, com a Macris, nunca foi difícil jogar dessa forma. Realmente a busca do ponto, de ter mais dono do destino, no sentido de que: se for para errar, se tivermos de perder, que seja porque tentamos, porque buscamos e não porque deixamos para o adversário definir os ralis. Realmente, acho que esse foi o maior desafio do ponto de vista tático.
Carga de treinamento: vôlei brasileiro x europeu
Lavarini
Não posso falar do voleibol brasileiro nesse sentido. Eu não pude acompanhar muitos técnicos brasileiros. Só o Nery (Tambeiro, técnico do Fiat/Minas), no masculino e achei ele um ótimo trabalhador. Com certeza, no vôlei brasileiro a ideia de quantidade de trabalho é bem maior do que se tem na Itália. Na intensidade, às vezes tem exercícios, momentos do treino da semana que não tem muita diferença. E numa situação a gente teve a sensação de trazer mais intensidade ao grupo, não volume aos treinos. Depois, de verdade, tem diferenças que são comuns, dependendo de como se tem um time. Por exemplo, na temporada passada a gente teve muitas jogadoras craques voltando de lesão, então um calendário apertado com muitos jogos não nos deixava a possibilidade de dar mais treinos. Na temporada passada, para algumas, a gente dava treino no jogo. Tínhamos de dar a essas jogadoras um momento de recuperação, de descanso. Isso acontece também na Itália, dependendo da montagem do time. Essa temporada foi muito diferente pra mim. Tive jogadoras muito novas, acostumadas a trabalhar muito forte. Então foi a temporada que eu mais trabalhei. Então, as diferenças dependem das características do time.
Qual a principal ação no vôlei feminino?
Lavarini
Acho que tudo é importante, mas o que mais faz a diferença no vôlei hoje tem a ver com o ataque. Os americanos falam de duas situações (in system e off system): com a bola na mão da levantadora e fora da rede. Tem de cuidar das duas situações. Quando você tem a possibilidade de jogar rápido, com a bola na mão (in system), tem mais opções. Mas 60% são situações de bola alta, que se fala. Então, o desafio é fazer com que essa situação de bola alta se torne mais rápida, se torne uma forma mais eficiente de ataque. O que mexe com o resultado do jogo é fazer com que essas bolas fora da rede sejam bolas em que se possa pontuar. Pontuar com a bola quebrada é o desafio, é que faz a diferença hoje. Outra coisa é que, no vôlei feminino, o saque está começando a ganhar a mesma importância que se dá no vôlei masculino. Em uma live outro dia estávamos discutindo a possibilidade de ter um plano A e um plano B. De se ter, em determinadas situações um saque diferente, em uma posição diferente, por exemplo. O que se vê no feminino é que se você tem um plano A já é uma grande coisa. Acho que podemos desenvolver para fazer do saque uma arma, como é no masculino. Mesmo porque tem uma nova formação de jogaras mais alta e mais forte. Acho que dá para se aproximar do masculino nesse sentido.
Duda
Já vimos uma mudança no último campeonato, no saque da Polina, por exemplo… a Thaisa também é bem agressiva no flutuante.
O ataque China pode acabar no feminino?
Lavarini
Acho que você pode jogar sem a China se você tem uma das duas, três opostas do mundo. Acho que é algo que vai se desenvolver muito, mas se você não tem Egonu, Boscovic, Haak, Fabris, você pode pensar na china mais do que na bola de fundo. Mas essa característica do vôlei feminino acho que ainda vai ser importante por muito tempo.
Jogos marcantes
Duda
O que marcou foi o que machucou bem, foi o nosso jogo de semifinal dentro do Minas, contra o Rio (Superliga 2017/2018), que a gente teve para definir, a gente vencia por 2 sets a 1 e tomou a virada. E, depois, no jogo no Rio a gente não teve forças para reagir. Naquele momento sinto que eu poderia ter gritado, pulado, pedido para o Stefano fazer uma troca, ou não, então… deu uma machucada, mas fez também quem sabe a gente ver a próxima temporada de forma diferente. E o outro jogo foi a final da Superliga (2018/2019). Tinha vários fatores. Se tivesse mais dois pontos ali eu não sei como a gente iria fazer (o Praia esboçou uma reação no quarto set, perdia por a uma diferença grande, virou em 24 a 22, mas acabou perdendo o set e o jogo). Carol com duas panturrilhas com cãibra, a gente tomou uma virada, um olhava para o outro no banco e… a gente sabia que era o nosso último jogo junto. Foram jogos marcantes. Um de derrota, mas que nos fez crescer demais na próxima temporada. E o outro por tudo que envolveu. Tinha pressão externa, muita cobrança, até porque o Minas não era campeão há muito tempo. A gente vinha de título sul-americano, vice do Mundial, Copa Brasil, andava pelo clube e tomava aquele tapinha nas costas do tipo: agora a Superliga é fácil. E a gente sabia que não era assim. A gente estava andando no fio da navalha, na corda bamba, jogadoras com lesão e a gente segurando…
Lavarini
A virada em casa foi marcante (semifinal da Superliga 2017/2018 para o Rio), mas as duas derrotas no Rio (semifinal da Superliga 2017/2018) me deu a sensação de que não conseguia fazer nada como técnico para ajudar o time. Os momentos inesquecíveis foram todos os sucessos no Brasil, a temporada na Itália antes de eu ir para o Brasil. A semifinal do Mundial de Clubes foi uma das sensações mais fortes que eu já provei na quadra. E nessa última temporada posso acrescentar duas experiências que eu tive na Coreia, que foi a derrota na fase classificatória – a gente estava na frente contra a Rússia, 2 sets a 0, 20 a 18, e tomamos uma virada. Foi, de verdade, outra aula na minha carreira, muito pesada. E também tivemos a sorte de classificar para as olimpíadas, mas ter uma revanche, de vingar aquele momento e voltar a ter um sucesso em uma competição importante. O que estava acontecendo na Rússia era impressionante. Todo mundo calado, perdendo em casa para uma Coreia que tinha perdido na semana anterior suas duas levantadoras e pegou uma levantadora que estava na Rússia de férias, que tinha 38 anos…. aquela tinha como ser a maior vitória da carreira, mas não deu. Deu depois, com a vaga olímpica.
Assumiria a Seleção Brasileira ou Italiana?
Lavarini
Seria louco se dissesse que não gostaria ser técnico tanto da Seleção Brasileira quanto da Italiana. Mas, agora a gente está focado na participação da Olimpíada com a Coreia. Realmente foi foi sonho da minha vida participar da Olimpíada. Mas mais para frente seria um sonho assumir a seleção brasileira ou italiana. Não tem como não ser um sonho para cada técnico.
Mundial de Clubes 2018
Lavarini
O Duda vai responder. Eu estava drogado no Mundial (risos)
Duda
A gente jogou contra o Pinheiros, tomou banho no clube mesmo e já foi para o aeroporto. E, depois, já foi para o treino… Ali, no Mundial, a equipe percebeu do que a gente era capaz. Se a gente iria ganhar ou não era outra história. Todo mundo pensa que a semifinal contra o Eczacibasi foi o principal, mas o primeiro jogo que a gente ganhou de 18 a 16 no tie-break contra o Volero le Cannet, que era o jogo que, se a gente perdesse, a possibilidade de disputar de 5 a 8 era gigantesca, foi fundamental. Então, não vou nem falar das meninas. Vou falar da comissão. Quando acabou aquele jogo, eu e o Stefano estávamos no meio da quadra e a gente falou: a gente vai ter de fazer alguma coisa. Desse jeito, não dá. Alguma coisa tem de ser feito. Dali pra frente, a chave virou. No Mundial você não pode estar em 110 (volts). Tem de estar em 220, tem de estar mais e, se lá…. por desempenho, por sorte, por vários fatores, a gente reagiu. E aquilo lá trouxe a gente para o Mundial. Às vezes por duras penas, mas aquilo fez com a gente fosse para cima, com uma clareza….
Stefano
Naquele Mundial, as meninas da Seleção tinham chegado há pouco tempo, a Carol e a Gabizinha com problema no joelho e trabalhando com cuidado, então para montar a identidade do time foi realmente difícil. A gente chegou na China com essa insegurança. Não sabíamos o que a gente tinha de possibilidades. A gente jogou um amistoso contra o Eczacibasi da Turquia, antes da estreia, e a as meninas pensaram: “cara, vamos jogar contra a Kim, a Boskovic, vamos ver qual é a diferença”. Mas, sempre partindo do pressuposto de que provavelmente elas vão ser melhores. E não foi assim. Mesmo a gente perdendo por 3 a 1, a gente ficou na frente muito tempo durante jogo. Acho que ali acabou a tensão da estreia. Porque jogar contra o Eczacibasi era uma coisa e jogar contra o Volero com jogadoras desconhecidas era outra coisa. Elas não concordaram com a gente nisso… Mas tivemos muitos problemas na estreia contra Volero por conta desse pensamento, de que seria mais fácil que o amistoso que a gente fez contra o Eczacibasi. Se a gente não ganhasse do Volero provavelmente o nosso Mundial teria acabado ali.
Líderes da equipe da temporada 2018/2019
Lavarini
Acho que a liderança do Minas é a própria equipe. Você tinha Carol, Natália, Gabizinha, Macris… a Léia, mesmo ela não falando muito, todo mundo olha pra ela.. Realmente era um time de uma liderança absoluta. As meninas gostando uma da outra, se respeitando muito. A Carol é capitã desde antes de eu chegar e ainda é… Foi um time verdadeiramente muito fácil de trabalhar, com muitas jogadoras maduras, que estavam plenas na confiança, na ideia do que elas poderiam fazer, do valor que elas tinham, então foi fácil de lidar com elas.
Duda
A parte profissional era tão forte… Elas devem ter resolvido vários problemas entre elas, que nem precisavam chegar na gente. Tinha um equilíbrio muito grande. O Stefano levava tudo com muita sinceridade. Tinha o conflito, a gente vai falar sobre ele, vai enfrentar, mas vamos ter maturidade como equipe para passar por eles. Nem tudo foram flores. A gente brigou, a gente discutiu, eu com o Stefano, eu com as jogadoras, jogadoras com a outra… só que a maturidade, o profissionalismo e a liderança eram maiores. Com muito respeito.
Estratégia do bloqueio
Duda
A gente analisava 6, 7 jogos por rotação e por característica da atacante. E a gente fechava com a central de acordo com o tipo da recepção e da ação da levantadora. O estudo do adversário não era de um ou dois jogos. E aí a gente analisava durante a partida como o outro time estava se comportando. A gente nunca iria para o jogo sem uma situação definida, mas claro podia mudar durante. Os últimos 23 jogos o adversário saiu dessa forma, com essa formação, e contra a gente via ser esse e tal. A nossa central vai jogar contra 3 ou 2? Tinha de casar muita coisa. É um estudo prévio.
Lavarini
A primeira ideia era respeitar o que a gente tinha estudado, respeitando as prioridades. A segunda era a leitura do jogo e a terceira, em poucas possibilidades a gente deixou nas mãos da central pensar o que ela acha que a adversária iria fazer. Essa última acontecia poucas vezes. Dava liberdade poucas vezes. Não significava que a gente não confiava na Mara, na Carol e na Maiany, mas a gente gostava dessa possibilidade de casar o que tinha estudado com a leitura do jogo.
Categorias de Base
Lavarini
Hoje em dia, se você não tenta apresentar uma pipe em todas as situações do seu time, é uma limitação muito grande. Mas tem jogadoras em alto nível tão acostumadas a passar e só, acha que é só isso que vai acontecer quando ela está no fundo. Acho que desenvolver na cabeça das meninas da base o que o jogo pode se tornar mesmo depois de passar, pode ser interessante. Tem de começar desde cedo.
Top 3 do mundo
Duda
Mireya, com certeza, mas escolher só três, você deixa gente boa de fora. Para falar de líbero, não tem como não falar da Fabizinha; falar em levantadora, tem de lembrar da Fernanda Venturini. Não tem como deixar a Gamova de fora.
Lavarini
Nunca vi a Lang Ping jogar. Hoje tentamos responder com amigos para selecionar do melhor forma, tirando a Lang Ping, Mireya, e vou pensar no presente: Zhu e Egonu. Mas, no meio tem número infinito de jogadoras craque. Lamentei, hoje falando com amigos que tivesse de jogar entre as melhores que já fui técnico de adulto, com certeza, além de italianas e da Kim vai ter sem dúvida Natália e Gabizinha. Se fosse pra falar as 5 melhores de todos os tempos, acho que difícil que vai ter brasileiras, mas o Brasil sempre esteve no topo do mundo. O Brasil sempre teve força no conjunto, na técnica, no grupo, nos sentimentos do time mesmo. Em qualquer tempo. Isso deveria ser algo de muita importância. Passei o dia todo pensando nas 5 melhores jogadoras de todos os tempos, mas não gosto de definir isso (risos).
Livros
Lavarini
O último que eu li foi o Open, do Andre Agassi, porque realmente achei interessante o ponto de vista do atleta. Achei o livro interessante, mas romantizado, ajustado para a história ficar mais fácil de entender. Me indicaram “O Segredo dos Gigantes”, Tim Ferris. Uma leitura interessante.
Confira a live na íntegra: