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Destaques - Entrevista - 25 de junho de 2020

Bruninho fala sobre ansiedade na quarentena: “São mais de três meses sem treinar”


Em entrevista ao Link Vanguarda, na última segunda-feira (22.06), o levantador Bruninho, novo reforço do EMS/Taubaté/Funvic, falou sobre a ansiedade por estar há cerca de três meses sem treinar, desde que enfrentou o lockdown na Itália, quando ainda defendia o Civitanova, em março.

– Passei mais de 30 dias em lockdown, na Itália. Lá foi quase que o início de tudo, o epicentro durante um bom tempo da pandemia. Após a suspensão do campeonato (italiano), voltei ao Brasil, fiquei em quarentena, fiz os exames. Graças a Deus, tudo ocorreu bem. Hoje, tenho notícias da Itália que as coisas estão melhorando, estão flexibilizando. Esperamos que isso possa ocorrer no Brasil também – disse o campeão olímpico nos Jogos do Rio-2016.

Bruninho contou como tem sido seu dia a dia no Rio de Janeiro, onde mora, com exercícios em casa, respeitando as orientações de isolamento social.

– A gente tem tentado fazer o que pode. Então, são muitos pesos em casa, alguns exercícios ao ar livre, sempre com todos os cuidados. Tenho tentado me manter da melhor forma possível. São mais de três meses sem jogar, sem entrar em quadra. É claro que existe uma perda da parte técnica, da parte física. Temos que tentar evitar a maior perda possível. Temos que tentar nos manter em uma forma ao menos apta para voltar à nossa rotina normal – destacou.

O levantador revelou que a decisão por voltar a jogar no Brasil, quando muitos jogadores estão fazendo justamente o caminho inverso, indo para fora do país, passou pelo fato de Taubaté ter um grupo vencedor.

– Sou um cara que tento agregar. É uma renovação, mas tem muitos jogadores que continuarão. Espero que a gente possa continuar entre os melhores. Esse é o grande objetivo. Esperamos continuar trilhando esse caminho de sucesso que a equipe tem trilhado nos últimos anos – comentou.

Bruninho falou sobre o adiamento da Olimpíada e disse que prefere ver a situação com otimismo, já que o grupo terá ainda mais tempo para se preparar.

– Finalizamos 2019 de uma maneira incrível. Tinha essa mescla de jogadores jovens com experientes. Estávamos em um caminho ótimo, o Renan fazendo um grande trabalho. Tentamos enxergar esse momento como um copo meio cheio, pensar no lado positivo. Vamos ter mais tempo para trabalhar, mais tempo para se entrosar ainda mais. É lógico que a gente fica na ansiedade, o maior sonho de todo atleta é disputar as Olimpíadas, mas neste momento foi a atitude certa, o adiamento das Olimpíadas. Vamos ter mais um ano para nos preparar – disse o campeão olímpico.