Evandro, sobre a quarentena: “Estava entrando em paranoia dentro de casa”
Um dos representantes do Brasil em Tóquio – no vôlei de praia, ao lado do parceiro Bruno Schmidt – Evandro contra que sofreu com a falta de rotina no início da quarentena. Em entrevista ao site do COB, ele admitiu que ficar longe dos treinos, depois de vir de um ritmo alucinante de jogos e treinos foi difícil, emocionalmente.
– A parada forçada foi algo triste. Dormia às 2h da manhã, acordava às 7h, assistia meus jogos antigos. Estava entrando numa paranoia dentro de casa, não aguentava mais ficar no meu apartamento. Minha esposa me controlava, eu conversava com a psicóloga, mas tinha saudades da praia, de estar com a minha segunda família – explica Evandro, referindo-se ao parceiro e à comissão técnica.
Os treinos em dupla foram retomados no fim de julho, na praia do Leblon. Mas Evandro, que sofria com a distância das areias, voltou antes às atividades, em outro ponto da Zona Sul do Rio de Janeiro.
– Ele vinha treinando sozinho na EsEFEx, na Urca. Íamos lá três vezes por semana, cumprindo todos os protocolos, e fazendo um trabalho específico de bloqueio, já que ele vem ocupando esta nova função na equipe – conta Ednilson Costa, o Ed, treinador de Evandro há dez anos, que se mostrou animado com este primeiro mês de treinamentos da parceria.
– As impressões são boas tanto na maturidade do Evandro em relação ao bloqueio como na presença de um Bruno mais leve e descansado. Ele ganhou umas ‘férias’ que não tinha há tempos, pode sanar as pequenas lesões e voltou com ainda mais motivação. Está com fome de bola – completa o treinador.