Itambé/Minas vence o Sesi/Bauru, na volta do vôlei feminino
No jogo que marcou a volta do vôlei feminino brasileiro depois da paralisação de quase seis meses por causa da pandemia do coronavírus, Itambé/Minas e Sesi/Bauru se enfrentaram em amistoso na manhã deste sábado, na Arena do Minas, em Belo Horizonte (MG). As mineiras venceram por 3 sets a 0 – parciais de 25-23, 25-16 e 25-15 – mas, como todo início de temporada, mais importante que o resultado, para as as equipes, foi ver as jogadoras em ação, ganhar ritmo e estabelecer um parâmetro para os próximos treinos e etapas de preparação.
A oposta Danielle Cuttino foi a maior pontuadora do jogo, com 18 pontos. Tifanny, do Sesi/Bauru, anotou 11.
Foi um bom teste para os dois treinadores. A equipe paulista ainda não conta com as suas estrangeiras, a oposta azeri Polina Rahimova e a líbero dominicana Brenda Castillo.
O técnico Anderson Rodrigues escalou a jovem Pâmela, recém-contratada junto ao Fluminense, na saída de rede, e a líbero Júlia no time titular neste sábado. O restante da equipe foi: a levantadora Dani Lins, as centrais Mayhara e Adenízia e as ponteiras Mari Casemiro e Tifanny.
? ESTREIA COM PÉ DIREITO!
? Lançamento Oficial
? 3° Set
Itambé/Minas
25
x
15
Sesi Bauru✅ FIM DE JOGO
3 a 0 para Itambé/Minas #VaiMinas #ItambéMinas #Volei #MinasTenisClube #ParedãoAzul pic.twitter.com/WlrWItsBEN— Minas Tênis Clube (de ?) (@MinasTenisClube) September 12, 2020
Em muitos momentos, o time de Bauru ainda mostrou os problemas de passe que se viu nas temporadas passadas, principalmente no terceiro set, mas isso deve melhorar bastante quando Brenda assumir o fundo de quadra.
De positivo, Dani Lins jogou mais em velocidade com as centrais – quando a recepção permitia -, até mesmo com o passe B – aquele que não chega tão perfeito na mão. Confirmada nesta semana pela equipe paulista, a ponteira Suelle entrou no segundo set no lugar de Mari Cassemiro e ficou até o final.
No Minas, a expectativa era grande para ver a estreia das norte-americanas – a oposta Danielle Cuttino e a ponteira Megan Hodge. Hodge, no entanto, só começou a treinar com as companheiras na semana passada e não entrou. Alias, o técnico Nicola Negro não fez nenhuma substituição.
A falta de ritmo dos dois times era evidente e, claro, normal, por ser o primeiro jogo da temporada. No caso da equipe mineira, ainda se viu um certo desajuste no tempo de bola entre Macris e a oposta dos EUA em alguns momentos, mas a jogadora mostrou qualidades importantes para uma oposta. É alta, salta muito, pega a bola alto, tem uma diagonal curta poderosa.
Nicola escalou o Minas com: Macris, Cuttino, Thaisa, Carol Gattaz, Kasiely, Pri Daroit e Léia (líbero). No primeiro set, o Minas chegou a abrir quatro pontos de frente, mas depois teve dificuldade em parar os ataques de meio de Bauru e os contra-ataques com Pâmela e Bauru virou para 23 a 20. Depois de pedir tempo, as mineiras voltaram sacando bem viraram o jogo para 25 a 23. Nos sets seguintes, as donas da casa imprimiram o jogo veloz que estão acostumadas a fazer e ganharam sem maiores preocupações.
O já conhecido jogo rápido pelo meio entre Macris e suas centrais só não funcionou com perfeição no primeiro set – Carol Gattaz e Thaisa pegaram bloqueio duplo várias vezes na primeira parcial -, mas depois fluiu bem, com a tradicional velocidade da levantadora minastenista. Kasiely e Pri Daroit foram bem. Leia com a eficiência de sempre no fundo de quadra.
Para o torcedor mineiro, ficou o gostinho de “quero mais”, a vontade de ver peças recém-contratadas como Lara, Pri Heldes, Hodge e Camila Mesquita em quadra, além da ponteira Carla, que retornou ao time esta semana, e as jovens Luisa e Julia Kudiess. Nicola, no entanto, pelo jeito, preferiu dar ritmo ao time, pelo menos por enquanto, considerado titular.
Itambé/Minas: Macris, Dani Cuttino, Thaisa, Carol Gattaz, Pri Daroit, Kasiely e Léia. Técnico: Nicola Negro
Sesi/Bauru: Dani Lins, Pâmela, Adenízia, Mayhara, Mari Casemiro, Tifanny e Julia (líbero). Entraram: Carol Leite, Maria Luísa, Suelle e Mara. Técnico: Anderson Rodrigues.