Caso Carol Solberg: Presidente do COB se posiciona
Paulo Wanderley expressou posicionamento em entrevista ao Jornal O Globo
Carol Solberg recebeu apoio do presidente reeleito do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Paulo Wanderley. Em entrevista a jornal “O Globo”, ele comentou a manifestação política da atleta, que gritou “Fora, Bolsonaro” durante uma entrevista ao vivo ao fim da etapa de Saquarema do Circuito Brasileiro de vôlei de praia.
O dirigente não quis opinar se ela deve ou não ser condenada, mas posicionou-se favoravelmente à liberdade de expressão da atleta.
– Sou daqueles que posso ser contra o que você fala, mas vou até a morte defendendo o seu direito de se manifestar – afirmou Wanderley, após avaliar que a posição da Comissão de Atletas da CBV, presidida por seu opositor Emanuel, não foi bem aceita por muitos esportistas.
– O COI está começando a aceitar algo que era impossível de se pensar há 15 anos. Quem não lembra dos Panteras Negras, um marco (Tommie Smith e John Carlos, no pódio dos Jogos Olímpicos de 1968)? Isso hoje (manifestação da Carol) seria considerado Pantera Negra. Mas as mudanças na sociedade e a liberdade de expressão estão fazendo com que até o COI reavalie. A maioria dos atletas, pelo que sabemos, defende a causa da atleta. E alguns deles ficaram constrangidos de terem escutado isso de um ídolo como o Emanuel, que era um Deus do Olimpo do vôlei de praia.
Na eleição do COB, Wanderley teve como oposição a dupla de Emanuel com Rafael Westrupp, presidente da Confederação Brasileira de Tênis. Antes do pleito, a Confederação Brasileira de Vôlei se posicionou a favor da chapa de Emanuel.
Hoje, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva da CBV julgará Carol Solberg. Caso ela pegue pena máxima nos dois itens observados na denúncia, pagará multa de R$ 100 mil e terá seis jogos de suspensão.