Brasil bate o Japão e está na final da VNL
O Brasil aguarda agora a definição do seu adversário na decisão: EUA ou Turquia
Foi com emoção. O Brasil deixou escapar quatro match points no terceiro set, o Japão começou melhor em todos as parciais, mas no final a Seleção Brasileira garantiu vaga na final da Liga das Nações feminina de vôlei pela segunda vez consecutiva. Depois da prata na VNL de 2019 – perdeu para os Estados Unidos no tie-break – o time do técnico José Roberto Guimarães conquistou a vaga nesta quinta-feira, ao derrotar o Japão por 3 a 1 – parciais de 25-15, 25-23, 29-31, 25-16 – em Rimini, na Itália. O Brasil aguarda a definição do adversário na decisão. Turquia e EUA se enfrentam ainda hoje, às 14h30, com SporTV. Veja aqui a programação de transmissão da Ligas das Nações no SporTV.
Ainda sem contar 100% com a Carol, que na semana passada sentiu um desconforto, Zé Roberto escalou o Brasil inicialmente com Macris, Tandara, Carol Gattaz, Bia, Fê Garay, Gabi e Camila Brait. Carol, no entanto, entrou no quarto set e jogou bem. Natália, Roberta e Rosamaria também foram utilizadas. Não foram relacionadas hoje a levantadora Dani Lins, a central Mayany, a ponteira Ana Cristina e a oposta Lorenne.
Tandara foi a maior pontuadora do jogo, com 23 pontos. Gabi fez 18 . Os destaques do Japão foram Koga e Ishikawa, ambas com 18.
O Brasil teve boa atuação, mas em alguns momentos pontuais da partida teve dificuldade na virada de bola – principalmente na rede de duas, quando o passe não saía perfeito. E vacilou em todos os inícios dos sets. Nas duas últimas parciais, deixou o Japão abrir cinco pontos no início e teve de correr atrás para tirar a diferença. Nessas situações, assim que ajustou o bloqueio para ao menos tocar no ataque japonês e melhorou o sistema defensivo, o jogo do Brasil fluiu. Macris conseguiu distribuir bem. A pontuação das jogadoras de extremidade foi bem equilibrada e homogênea.
No terceiro set, o Japão fez 3 a 0 e depois 8 a 3, com o Japão defendendo e bloqueando bem e pontuando nos contra-ataques. Zé Roberto pediu tempo e na sequência trocou Fê Garay por Natália – embora Garay não estivesse mal no jogo – mais para dar uma mexida na equipe. As japonesas seguiram sacando bem, tirando a bola das mãos da Macris e marcando bem o ataque brasileiro no bloqueio.
O Japão abriu 12 a 5 e Zé Roberto fez a inversão do 5 x 1 com Roberta e Rosamaria, o Brasil voltou a defender e a diferença caiu para 11 x 13. Mesmo depois de desfeita a inversão, o Brasil manteve o bom ritmo e melhorou a relação bloqueio/defesa para virar em 16 a 15. No fim do set, Natália entrou no lugar de Garay novamente. O time verde-amarelo chegou a ter dois match points no 24 a 22, mas desperdiçou. O jogo ficou parelho, com chances para ambos os lados, com o Brasil tendo mais dois match points, até as japonesas fecharem em 31-29.
O time verde-amarelo voltou novamente desconcentrado no início do quarto e viu as japonesas abrirem 5 a 0. Outra vez, aos poucos, com Carol em quadra no lugar de Bia e Fê Garay no de Natália, o Brasil foi tirando a diferença e empatou em 6 a 6. O bloqueio funcionou bem na parcial. Atuando com velocidade e jogando mais com o meio, a Seleção abriu boa frente e fechou o set em ritmo forte, com 25 a 16.