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Jogos Paralímpicos - 3 de setembro de 2021

Brasil disputará o bronze no vôlei sentado feminino


Recolocar o emocional em ordem, analisar os erros e entrar com foco total na conquista da medalha de bronze, em jogo marcado para a madrugada deste sábado, às 4h30 (de Brasília). Essa é, na visão da central Luiza Fiorese, a missão do Brasil no vôlei sentado feminino, que na manhã desta sexta-feira perdeu para os Estados Unidos na semifinal das Paralimpíadas de Tóquio. Em 1h17 de partida, as americanas se aproveitaram de uma atuação irregular do Brasil e venceram por 3 sets a 0 (25-19, 25-11 e 25-23). No masculino, o Brasil também na disputa do bronze em Tóquio.

Para Luiza, de 24 anos, a Seleção não jogou o que poderia diante das americanas, principalmente na segunda parcial.

– No segundo set não era o Brasil, não era o nosso jogo. Conseguimos encaixar o nosso jogo principalmente no terceiro set. A gente estava em cima, jogando para ir para a decisão da medalha de ouro – avalia.

Disputado ponto a ponto, o terceiro set terminou com uma polêmica. O técnico brasileiro José Antônio Guedes havia pedido tempo quando o placar marcava 24 a 23 para as americanas, mas não foi atendido. Luiza também lembrou da marcação duvidosa da arbitragem quando o jogo estava empatado.

– Teve um erro absurdo da arbitragem no 23 a 23, quando ele marcou um quarto toque que não existiu. Não quero dar desculpa, usar isso para justificar a derrota, mas um erro desses numa semifinal paralímpica não pode acontecer – observa a central.

Foco no bronze

A adversária do Brasil na disputa do bronze será o Canadá, derrotada pela China. E será um reencontro em Tóquio. Na estreia nas Paralimpíadas, o Brasil derrotou o Canadá por 3 sets a 2, em um jogo equilibrado e emocionante.

– A gente sabe que poderia ter feito muito mais, pelo tanto que treinou. E saímos muito frustradas, porque nunca tínhamos ganhado dos Estados Unidos e estava sentindo, no terceiro set, que a hora era agora. Mas vamos levar o que foi aquele terceiro set para a disputa do bronze. A gente não quer voltar pra casa sem medalha! – diz Luiza.

Um detalhe que tem chamado a atenção nos jogos da seleção é que todas as jogadoras usam máscara, quando estão em quadra ou no banco de reservas. E Luiza explicou o porquê, já que as atletas foram vacinadas contra a Covid-19 e passaram por testes regulares.

– O primeiro motivo é para a nossa própria proteção. E nós, como jogadoras da seleção, somos um exemplo para a população. A gente precisa mostrar que o uso da máscara é necessário, que precisa ter esse cuidado. Esse vírus já matou muita gente e temos muito respeito por tudo o que aconteceu no país. O Brasil ainda vive uma situação difícil e se a gente quer ser exemplo, precisa se colocar e assumir a nossa responsabilidade.