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Praia - 14 de setembro de 2021

CBV anuncia mudanças no planejamento do vôlei de praia

Nos últimos dias, Comissão de Atletas do vôlei de praia cobrou ações da CBV


Por intermédio de uma nota oficial, nesta terça-feira, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) anunciou alterações no planejamento do vôlei de praia. O documento é assinado por Guilherme Marques, gerente da modalidade na entidade, e elenca uma série de mudanças.

O comunicado acontece dias depois de a Comissão Nacional de Atletas fazer uma série de cobranças à CBV, anunciando a insatisfação de um grupo grande de jogadore(a)s e ameaçando não participação nas primeiras competições pós-Jogos de Tóquio.

Veja a íntegra do documento:

“O calendário nacional, de acordo com o novo planejamento, voltará a ser anual, tendo todas as competições início e fim dentro do mesmo ano. A CBV entende que a necessidade de conduzir o principal campeonato da modalidade, feito ao longo dos últimos anos, com início e término em anos diferentes, não faz mais sentido, tendo em vista que o calendário internacional, liderado pela Federação Internacional de Voleibol, FIVB, também não permanecerá mais desta forma. A Unidade de Vôlei de Praia (UVP) enxerga benefícios com esta alteração, possibilitando uma melhor comunicação do produto, uma integração entre as diversas competições existentes, além do retorno do período de férias antes do início das temporadas, possibilitando, também, periodizações de treinamentos mais adequadas.

Assim, para o ano de 2022, a UVP já está trabalhando no processo de montagem do calendário, levando em consideração as restrições ainda impostas pela pandemia, analisando não só as possíveis cidades-sedes, mas, principalmente, um formato que permita um sistema de competição geral mais eficaz.

A CBV entende que atributos relevantes do vôlei de praia devam ser considerados nesta fase de planejamento, tais como:

– Formato da competição, que inclui a elaboração de critérios de pontuação, ranqueamentos e sistema de disputa claros e bem definidos. Estes elementos perseguirão um estímulo ao desenvolvimento da modalidade, à entrada de novos participantes, além de manter competições atrativas para que os atletas da elite continuem buscando resultados internacionais expressivos;

– Calendário integrado, que possibilite relacionar as competições de todos as regiões e categorias, de forma a melhorar o planejamento dos atletas, recolocando, ao mesmo tempo, as federações estaduais como peça de grande importância para este novo ambiente;

– Ser um produto adequado, ou seja, a CBV quer ter um evento/circuito no tamanho e formato correto, permitindo assim que todos os stakeholders consigam trabalhar melhor suas necessidades e atinjam suas metas.

No que diz respeito às cinco etapas da categoria adulta, que serão realizadas em 2021, elas farão parte da nova competição, denominada Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia Open 2021, da seguinte maneira:

– A primeira etapa da categoria Open, que será realizada no Rio de Janeiro, na EsEFEx, premiará os 24º colocados na competição e terá 20 duplas no torneio principal.

– A 2ª e 3ª etapas, que também serão realizadas no Rio de Janeiro, na EsEFEx, terão a participação de 20 ou 24 duplas no torneio principal, a depender de uma avaliação técnica que será feita em conjunto com a Comissão de Atletas, após a realização da 1ª etapa. Caso a opção seja por manter 20 duplas no torneio principal, a premiação até o 24º colocado permanecerá.

– Para a 4ª etapa, que será realizada Itapema/SC e 5ª etapa, com local a definir, o torneio principal contará com 24 duplas. O regulamento geral da competição será publicado no site da CBV.

Com relação às etapas das categorias de base, elas já são anuais e assim permanecem. Assim como a categoria adulta, elas definirão, em 2021, os campeões do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia 2021 sub-21 (2 etapas), sub-19 (2 etapas) e sub-17 (1 etapa). Nas competições sub-19 e sub-17, será mantido o formato com atletas da mesma Federação Estadual. Já para o sub-21, os atletas poderão ter suas filiações por Estados diferentes.

Com a certeza de que o Vôlei de Praia brasileiro continua sendo referência internacional e ocupando um lugar privilegiado entre os esportes nacionais, com grande prestígio e parcerias longas com seus patrocinadores, a CBV continuará encarando os desafios com profissionalismo e com permanente diálogo com todos aqueles fazem parte da modalidade.

Em breve a Unidade de Praia da CBV divulgará novas informações e estará buscando novas ferramentas para um contínuo e direto contato com toda a comunidade do vôlei de praia.

Atenciosamente, Guilherme Marques”.