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Destaques - Internacional - 20 de setembro de 2021

Rosamaria fala sobre expectativa para a temporada italiana

A vice-campeã olímpica defenderá o Novara na temporada 2021/2022


Rosamaria embarca nesta segunda-feira para a Itália onde defenderá o Novara na temporada 2021/2022. Nos últimos anos, a oposto brasileiro passou por Perugia e Casalmaggiore e dará um salto para um time com objetivos bem maiores do que os anteriores.

Em sua primeira temporada na Itália (2019/2020), Rosamaria jogou pelo Perugia. Foram 19 jogos e 382 pontos marcados. A competição acabou sendo interrompida pela pandemia do coronavírus. Em seu segundo ano (2020/2021), ela defendeu o Casalmaggiore em um total de 24 partidas e com 408 acertos. Com muitos infectados pela covid-19 no elenco, inclusive na comissão técnica, a equipe não teve condições de disputar os playoffs do Italiano, e terminou eliminada. Terá a oportunidade, agora, de ultrapassar os mil pontos jogando num dos principais campeonatos de clubes do mundo.

– Ter mais essa marca será muito importante para mim porque vem sendo especial jogar na Itália, um diferencial na minha carreira. Acredito que esse ano talvez seja um pouco diferente dos outros porque eu era uma das mais experientes nos times, mas tomara que eu atinja esse número e vou trabalhar bastante para isso. Mas, mais que isso, espero poder conquistar vários títulos com a minha equipe e, com certeza, vamos brigar para isso. Não vai ser fácil, mas sei que, pelo elenco que a gente tem, e pela capacidade de trabalhar bastante, poderemos atingir esses objetivos – comentou Rosamaria.

Para começar a sua passagem pelo Novara, comandada pelo técnico Stefano Lavarini, com quem já trabalhou no Minas Tênis Clube, Rosamaria disputará a Supercopa no próximo dia 2 de outubro, contra o Conegliano. Antes disso, o Novara tem alguns amistosos programados.

– A Supercopa vai ser importante. Vamos medir forças com um dos nossos maiores adversários e o time a ser batido, que é o Conegliano. Não vai ser fácil porque leva um tempo também para me adaptar com as minhas companheiras de time, com o clube. Mas estou muito confiante porque a gente tem um grupo forte e vai ser uma prova de fogo para a nossa equipe. É o início de uma temporada e, independentemente de qualquer coisa que acontecer, a gente tem de saber que o caminho é longo. Estou bem ansiosa para saber como que a gente vai reagir nessa primeira oportunidade – analisou.

FÍSICO

Rosamaria se recupera de uma fascite plantar do pé esquerdo. O problema começou ainda na reta final do Campeonato Italiano passado e ela seguir em tratamento durante toda a passagem pela Seleção (Liga das Nações, Olimpíada e Sul-Americano).

– O pique da dor foi durante os Jogos Olímpicos e a medalha de prata teve um valor ainda maior porque a gente sabe que está passando por dificuldades e que mentalmente foi muito forte. Então quando tudo acabou eu disse: “Meu Deus, esse pé vai descansar”. Meu medo, na verdade, era que esse rompimento acontecesse durante as Olimpíadas. Estava com muita dor, mas conseguia ir levando. Infelizmente aconteceu, mas foi no tempo certo. Em Tóquio, nos três, quatro últimos jogos, já não conseguia mais puxar 100% para atacar. Mas a gente sabe que sacrifica muita coisa e passa por cima das dores nos momentos importantes – afirmou.

O Sul-Americano, na Colômbia, foi o último compromisso da Seleção Brasileira na temporada. Foi também a primeira competição com a presença do público no ginásio que as brasileiras puderam ver este ano.

– Foi uma sensação estranha e boa ao mesmo tempo. A gente torce que as coisas melhorem ainda mais. A pandemia ainda não acabou, então todos os cuidados têm que continuar a serem tomados. Existem maneiras de fazer o público voltar aos ginásios. Tem tanta coisa já acontecendo no mundo e acho que o esporte merece esse voto de confiança. Mas foi legal ver o ginásio cheio de novo e espero que isso possa acontecer na Itália também. Eu sei que lá eles estão se organizando e se preparando para isso. Aos pouquinhos, as coisas vão voltando ao normal. E é gostoso demais ver o carinho do público de perto, porque nesses últimos anos só tivemos contato através das redes sociais. Então foi bom ver a galera torcendo – completou Rosamaria.