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Destaques - Praia - 23 de fevereiro de 2022

CBV e atletas do vôlei de praia encaminham “acordo de paz”

Reunião com diversos entes do processo foi realizada nesta terça-feira


A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) divulgou uma nota oficial, na noite desta terça-feira, após mais uma reunião na tentativa de pacificar o vôlei de praia nacional. E, segundo a entidade, algumas mudanças foram acertadas para a sequência do Circuito Brasileiro, após o boicote da maioria dos atletas na primeira etapa.

Participaram do encontro a CEO da CBV, Adriana Behar; o gerente de Vôlei de Praia, Guilherme Marques; o diretor de Superliga e Novos Negócios, Marcelo Hargreaves; os integrantes da Comissão de Atletas de Vôlei de Praia Carlos Arruda (presidente), Ramon Gomes (vice-presidente) e Luccas Lima; os atletas Ágatha, Bárbara Seixas, Maria Elisa, Oscar, João Pedro e Lucas; a presidente da Comissão de Atletas do Comitê Olímpico do Brasil, Yane Marques; o presidente da Associação Brasileira de Treinadores de Vôlei de Praia, Giuliano Sucupira; o Conselheiro Técnico da CBV e representante da Comissão de Validação do Regulamento dos Campeonatos Brasileiros de Vôlei de Praia da Temporada de 2022, José Eduardo Amâncio da Mota; e a ex-atleta e medalhista olímpica Mônica Rodrigues.

A Comissão de Atletas propôs uma revisão na conversão dos pontos da temporada anterior para a atual, o que foi aceito pela CBV. Ela também solicitou que o regulamento deixe mais claras as situações em que os jogos da primeira rodada do qualifying do Aberto serão realizados em set único de 25 pontos, especificando que isso ocorrerá apenas se não houver possibilidade de acomodar toda esta fase da competição no mesmo dia. Segundo a nota, a possibilidade do set de 25 pontos foi adotada para garantir a realização, em qualquer situação de estrutura, da competição com 40 atletas no qualifying. O recurso só será utilizado em último caso e a CBV concordou em deixar isso mais claro no regulamento.

No encontro, Guilherme Marques apresentou a avaliação da primeira etapa do Circuito Brasileiro, realizada em Saquarema. A análise da CBV foi que o Top 8 pode ser ainda mais atrativo se iniciado em formato de dois grupos de quatro equipes – os dois primeiros avançam às semifinais. A garantia de um mínimo de três jogos por dupla reforça a ideia de dar mais rodagem às parcerias, principalmente aquelas vindas do Aberto. A mudança será implementada a partir da terceira etapa, em abril, na cidade de Itapema (SC).

Ainda de acordo com a CBV, a Comissão de Atletas levou para o encontro três propostas “bem diferentes entre si, uma delas mais próxima do novo formato proposto pela entidade”.

Após explicar toda a base de pesquisa e os números que balizaram o desenvolvimento do regulamento do novo Circuito Brasileiro, a CBV acredita ser importante que os atletas ao menos experimentem o modelo. Ficou combinado também que, após a quinta etapa do Circuito Brasileiro (metade da temporada), uma nova reunião da entidade com a Comissão de Atletas será feita para avaliação dos resultados e possíveis ajustes, se for o caso. A proposta foi aceita por todos os participantes, embora a Comissão de Atletas registrasse que preferia uma opção mais próxima de uma de suas sugestões. A segunda etapa do Circuito Brasileiro será entre 24 e 27 de março, em Maringá (PR), com disputa do torneio Aberto.

O atual Circuito Brasileiro

No novo formato, o Circuito Brasileiro passou a ser dividido em duas competições por etapa. O Aberto reúne as duplas entre o 8º e o 13º lugar no ranking, além de dois convidados e até oito parcerias classificadas pelo qualifying. Já o Top 8 é disputado pelas sete duplas mais bem ranqueadas, além de um convidado especial: o campeão do Aberto anterior, que ganha o wild card como bônus pela performance.

“O novo sistema proporciona jogos mais nivelados, entre duplas de ranqueamento mais próximo, tornando o espetáculo mais atrativo para o público e estimula o desenvolvimento dos atletas. No modelo anterior, os confrontos eram definidos pela colocação no ranking: o mais bem ranqueado enfrentava o time de colocação mais baixa e assim por diante, desnivelando as partidas, principalmente no começo da competição. Para balizar o formato, a CBV realizou estudos que mostraram a dificuldade de renovação entre as duplas que ocupam a parte superior da tabela e a falta de nivelamento entre os primeiros jogos do torneio principal”, garante a CBV.