Projeto com Sada Cruzeiro e Praia juntos se garante na elite
Café Vasconcelos/Araguari/Ubevôlei conquistou uma das duas vagas na Superliga 2022/2023
O Café Vasconcelos/Araguari/Ubevôlei garantiu vaga na próxima edição da Superliga masculina. Escrevendo assim, a maioria não imagina o que está por trás do projeto. Trata-se, na verdade, da união entre duas potências do vôlei nacional: Praia Clube e Sada Cruzeiro.
Na terceira partida da semifinal da Superliga B, na noite desta quarta-feira, vitória em Minas Gerais sobre o Instituto Cuca, de Fortaleza, por 3 sets a 0, parciais de 25-17, 25-9 e 25-22. Na decisão, o time mineiro enfrentará o Suzano, outro com acesso garantido após eliminar Niterói na semi. Araguari e Suzano assumirão, na temporada 22/23, os lugares de Goiás e Azulim/Gabarito/Uberlândia, rebaixados.
Para a construção da aliança entre gigantes nacionais para a temporada 21/22, o Sada Cruzeiro ficou responsável pelo material humano. Todos os jovens jogadores são das categorias de base, alguns com passagem pelo time adulto e vários com histórico nas Seleções Brasileiras infanto e juvenil, como o ponteiro Maicon, de 2,17m.
A junção com o Praia Clube, um dos principais projetos de vôlei feminino do país atualmente, permitiu “pensar a longo prazo”. Como os atletas foram registrados pelo clube de Uberlândia, não existe impedimento para o Café Vasconcelos/Araguari/Ubevôlei jogar a próxima Superliga A. Pelo regulamento da principal competição nacional, times com o mesmo CNPJ não podem disputar da mesma divisão e naipe. Como agora o registro deles é feito pelo Praia, a disputa da elite nacional na próxima temporada depende apenas da manutenção do projeto e aumento do investimento. Em 2015, o Sada chegou a conquistar uma vaga na Superliga B, mas não pôde atuar no ano seguinte por ter utilizado o mesmo CNPJ nos dois projetos.
– Essa parceria com o Uberlândia é muito significativa, por dar aos nossos atletas da base a chance de jogarem ainda mais, de serem testados, e isso é importantíssimo para o amadurecimento deles – disse Flávio Pereira, diretor esportivo do Sada Cruzeiro, ainda no início do projeto da Superliga B.