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Superliga - 1 de maio de 2022

Com virada incrível, Minas vence e empata o playoff

O Fiat Gerdau Minas virou de forma incrível no tie-break para vencer o Sada Cruzeiro e adiar a decisão para domingo


Com 31 pontos de Leandro Vissotto e com uma atuação de conjunto, com a ajuda do banco, de outros veteranos como William e Everaldo e da garotada revelada na base, o Minas buscou uma vitória de estratégia e tática sim, mas principalmente do coração. O time minastenista virou um tie-break que parecia perdido para vencer o Sada Cruzeiro por 3 a 2 – parciais de 21-25, 25-22, 25-22, 21-25, 18-16 – , na tarde deste domingo, no Ginásio Sabiazinho, em Uberlândia (MG), e adiar a decisão do título da Superliga Masculina de Vôlei para o próximo domingo, novamente no Triângulo Mineiro. Sexta-feira, o Itambé Minas conquistou o título da Superliga Feminina ao vencer o Dentil Praia Clube na final. 

Méritos também do técnico Neri Tambeiro, que usou bem o banco e teve coragem para mexer na equipe, colocando em quadra garotos como Kelvi (20 anos) e Arthur Bento (17 anos) e mantendo a inversão com Everaldo e Sanchez quando o momento pedia. Mesmo contra um poderio ofensivo de saque nível hard como o do Sada Cruzeiro, o Minas teve paciência e resiliência para se manter no jogo. E, num erro improvável de Otávio – os centrais cruzeirenses erram muito pouco -, fechou o tie-break em 18 a 16.

Vissotto, que passou praticamente todo o returno e os playoffs entrando muito pouco, recuperando-se de uma lesão no ombro, foi decisivo, cirúrgico, eficiente e ficou com o Viva Vôlei. Pelo time celeste, outro veterano, Wallace, foi impecável. Lopez, mesmo caçado no saque, destruiu no saque e no ataque. Foi um jogo de xadrez, que vai para o terceiro duelo, merecidamente. Lopez foi o maior pontuador do Sada Cruzeiro, com 24 pontos.

O Minas começou o jogo com duas mudanças em relação ao primeiro jogo. Vissotto e o central Matheus Pinta, que também não atuou em Betim por conta de uma lesão na panturrilha começou como titular. Outra mudança promovida pelo técnico Neri Tambeiro foi a manutenção do jovem central Kelvi, que substituiu Pinta no confronto anterior e entrou no lugar de Juninho.

O Sada Cruzeiro começou o jogo num ritmo forte no saque e o Minas sentiu, com uma recepção irregular. William não conseguiu jogar muito com o meio e os ponteiro minastenistas tiveram dificuldade em virar as bolas. Do outro lado, ao contrário, Lopes, Rodriguinho e principalmente Wallace estavam inspiradíssimos. O bloqueio da equipe da capital não fez nenhum ponto na parcial.

Os dois sets seguintes foram do Minas, que ajustou melhor o passe e contou com Vissotto para desequilibrar. Honorato entrou no jogo e o Minas virou a partida para 2 a 1.

Rodriguinho foi para o saque no quarto set e só saiu de lá no 9 a 2, abrindo uma vantagem muito grande para o Sada Cruzeiro. Neri Tambeiro sacou William, Vissotto e Leozinho para as entradas de Everaldo, Sanches e o jovem Arthur Bento e o Minas reagiu. Não conseguiu vencer, mas recuperou a segurança perdida no início do set para entrar mais confiante no tie-break.

Na quinta parcial, Neri manteve Arthur Bento no lugar de Leozinho. O jogo foi equilibrado até o 7 a 6. O Sada Crueiro abriu 9 a 6 e incendiou a sua torcida no Sabiazinho. Chegou a estar vencendo por 13 a 10. Mas, num bloqueio espetacular de Honorato no simples sobre o campeão olímpico Wallace, o time se agigantou. Acreditou na vitória e teve o match point em 14 a 13, com Everando e Sanchez em quadra.

A vitória por 18 a 16 no tie-break e por 3 a 2 no jogo premia uma final que merecia uma terceira partida. No próximo domingo, às 10h, novamente no Sabiazinho, sai o campeão da Superliga 2021/22.

Fiat/Gerdau/Minas: William, Leandro Vissotto, Honorato, Leozinho, Kelvi, Matheus Pinta e Maique (líbero). Entraram: Everaldo, Sanchez, Arthur Bento. Técnico: Nery Tambeiro.

Sada Cruzeiro: Cachopa, Wallace, Lopez, Rodriguinho, Otávio, Isac e Lukinha (líbero). Entraram: Cledenilson, Guilherme Rech. Técnico: Filipe Ferraz.