Gabi faz 28 anos no melhor momento da carreira
Nesta quinta-feira (19/5), Gabi assopra 28 velinhas e comemora mais um ano de vida, três dias antes da final da Champions League 2021/2022 entre Vakifbank (TUR) e Conegliano (ITA). E a ponteira tem muito a comemorar.
Gabi vive um momento especial na carreira. Difícil dizer se é o auge. Torço para que tenha muito mais por vir. Mas certamente a fase atual é a melhor dela desde o surgimento nas categorias de base do Mackenzie, em Belo Horizonte.
A ponta brasileira domina como poucas no mundo atualmente o passe. Tanto que os adversários preferem sacar na líbero, especialista da função, do que testar as habilidades já comprovadas de Gabi. Basta olhar estatísticas do fundamento em qualquer campeonato para encontrar o nome Gabriela Guimarães entre os melhores.
E, ano após ano, Gabi vem melhorando no ataque. Com 1,80m, ela até pode ser chamada de baixinha no cenário do vôlei moderno. Por isso, impulsão e habilidade a diferenciam. Até outro dia, o rótulo de “ponta de composição” era usado sem muito questionamento para ela. Hoje, acho um tremendo absurdo. A camisa 10 tem se transformado em protagonista ofensiva. Para o Vakifbank, isso se tornou importante para não sobrecarregar Isabelle Haak. Para a Seleção Brasileira, então, no ciclo olímpico até Paris, poderá ser vital.
Gabi é a nossa referência da posição, após a aposentadoria de Fernanda Garay e a decisão de Natália de não defender mais a Seleção. E terá bem mais responsabilidade neste novo ciclo. À distância, me parece pronta para tal.
Por fim, vejo hoje uma Gabi com atitudes e comportamentos de líder. Aquela ouvida e respeitada pelas companheiras. Aquela com a confiança do técnico para ser a “treinadora” dentro das quatro linhas. Já era a capitã em quadra do Vakif, mesmo sem ter a tarja embaixo do número 10 na camisa. Na próxima temporada, deverá ser a capitã de fato e direito. Talvez siga o mesmo caminho com a Amarelinha. Prova do quanto está madura aos 28 anos.
Por Daniel Bortoletto