A temporada 2021/2022 ficou, sem dúvidas, marcada nas memórias de Léo. O central de apenas 20 anos atribui isso à força de vontade e ao trabalho duro. Há um ano, ele era apenas uma promessa do Sesi-SP, mas a vida colocou o garoto diante de situações que o fazem acreditar ser possível sonhar com uma convocação para os Jogos Olímpicos de Paris.
Ele assumiu a titularidade no clube, foi uma das revelações da Superliga e teve as primeiras oportunidades na Seleção adulta. E agora ele pode disputar o Campeonato Mundial, que acontece entre os dias 26 de agosto e 11 de setembro, na Polônia e na Eslovênia. A convocação veio de surpresa, após o pedido de dispensa de Isac, que alegou a necessidade de tratar um problema nas costas. Em conversa com o Web Vôlei, horas antes de ser convocado, depois de um jogo-treino do Sesi contra o Vôlei Renata, em Campinas, ele contou sobre a virada relâmpago que viveu do último ano para cá.
– Não imaginava que seria assim, mas sempre fiz tudo dar para dar certo. Eu sempre treinei bastante, mas não esperava agora, é claro. Foi muita loucura, muito difícil, mas está valendo a pena – afirmou o jogador do Sesi, 2,06m.
A primeira convocação de Léo aconteceu no primeiro semestre. Ele reforçou a Seleção na primeira fase da
Liga das Nações, após o desfalque de Lucão, que sofreu um problema na panturrilha direita. O jovem viajou para a etapa de Osaka, no Japão. O Brasil terminou a competição em sexto lugar, após ser eliminado nas quartas de final pelos Estados Unidos.
Léo deixou boa impressão ao técnico Renan Dal Zotto nos treinamentos. Por isso, foi novamente convocado agora, com pedido de dispensa de Isac. O atleta se encontra em Saquarema (RJ), onde a equipe verde-amarela se prepara para o próximo desafio.
Para Léo, o fato de ter crescido no Sesi ao lado de outros jovens talentos o fez ganhar espaço na Superliga e na Seleção Brasileira rapidamente. Com a Seleção, ele quer extrair ao máximo da convivência com seus ídolos Lucão e Flávio.
– Meu sonho é disputar as Olimpíadas, pois não tem tem nada além. Por isso, busco aprender muito com eles e extrair o máximo. Para o jovem, o mais importante é jogar. Nossa bagagem não condiz com a nossa idade. A gente teve muita oportunidade de jogar, e isso fez a gente ter mais experiência. É a minha terceira temporada como profissional e sei que só tem um caminho certo: trabalho duro – disse o jogador.
Em um novo patamar na carreira, Léo mantém a humildade e a garra no trabalho. Mesmo na Seleção Brasileira, ele sabe que é necessário aprimorar todos os fundamentos do voleibol.
– Eu me vejo da mesma forma, mas vivo outras situações. Faço as mesmas coisas, só que com mais intensidade e experiência. A passagem pelo Japão foi muito boa. Todo mundo me ajudou. O nível é muito alto, o que faz você melhorar. Tenho que evoluir em tudo, porque quem faz tudo bem feito é titular. Quem faz só uma coisa fica no banco – concluiu.
