Renan exalta superação do Brasil antes da semi
Técnico falou sobre a campanha no Mundial antes da semifinal contra a Polônia
Pela sétima vez consecutiva, a Seleção Brasileira masculina chega à semifinal do Campeonato Mundial. Uma final seria a sexta em sequência, e uma conquista, o quarto título. Para isso, é preciso superar a Polônia, dona da casa, neste sábado (10/9), na Spodek Arena, em Katowice (POL), às 13h (de Brasília). Mais um passo na trajetória de um grupo dirigido por Renan Dal Zotto que encarou muitos desafios, teve baixas importantes, mas mostrou superação em uma campanha que até agora é de cinco vitórias em cinco jogos, com apenas três sets perdidos.
– O que me deixa muito feliz é a entrega de cada um. O nosso dia a dia, o que é feito fora da quadra, tem proporcionado isso. Temos uma característica muito clara que é a mescla de gerações. E é impressionante a cumplicidade que eles têm um com o outro, um dos ingredientes mais importantes na formação desta equipe. Não é garantia de nada, mas é importante. O que acontece durante os jogos é reflexo de tudo isso – explica Renan, que elegeu a estreia contra Cuba como o momento mais difícil da campanha até aqui. – Este formato do Mundial é diferente das edições anteriores, com menos jogos. Cada set contou para a classificação geral, com impacto nos cruzamentos das fases eliminatórias. Viemos sabendo que precisaríamos jogar sete partidas, e para isso nos preparamos.
Na união do grupo está um dos segredos da superação da equipe brasileira. Antes da viagem para o Mundial, Renan perdeu o oposto Alan e o central Isac por lesão. Na ausência de Lucarelli, com dores na panturrilha, Rodriguinho deu seu recado nas oitavas de final contra o Irã.
– Cada vez que uma peça se machuca, ficamos preocupados, pois todos são importantes no nosso conjunto. E nesses momentos os que estão no banco mostram seu valor. Todas as vezes em que precisamos, os que estavam fora corresponderam. No caso dos levantadores, hoje temos dois titulares, dois atletas de imenso talento. Os dois se ajudam muito, e independentemente de quem estiver na quadra, o outro está de fora dando suporte. Esta cumplicidade é importante para nossos objetivos – explica Renan.
Na semifinal, o Brasil terá em quadra jogadores que estão entre os melhores da competição. Leal é o atacante mais eficiente; o segundo maior pontuador do Mundial, com 93 acertos; e está no top 10 de melhores sacadores. Thales lidera o ranking de defesas e está em sexto no de recepção. Flávio é o quarto entre os bloqueadores; e Cachopa, o quinto entre os levantadores. Todos com o desafio de parar a equipe que venceu as duas últimas edições do Mundial.
– A seleção polonesa é muito consistente, agride o tempo todo. A melhor forma de nos defendermos é atacando também. Isso significa um saque forte pressionando, um bloqueio agressivo e um sistema de defesa funcionando. Será um jogo aberto. Eles terão o apoio da torcida, o que traz uma motivação extra. Mas nós estamos vivendo um bom momento – analisa o treinador. – É preciso destacar o equilíbrio do vôlei masculino atualmente. Times muito fortes como a França, campeã olímpica e da última Liga das Nações, estão fora das semifinais. Estados Unidos, vice-campeão da Liga, e a Argentina, bronze nos Jogos Olímpicos, também não chegaram nesta fase. Nossa grande missão é estar sempre entre os melhores, buscando títulos. É um orgulho enorme estar entre os quatro, mas sabemos que ainda não temos nada conquistado. Nas últimas duas décadas, o Brasil sempre esteve entre os quatro melhores, raras vezes isto não aconteceu. E hoje o que queremos é estar na final.