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Internacional - 6 de fevereiro de 2023

Bia faz aniversário após dia de muito medo na Turquia

Meio de rede viajou com o time do Kuzeyboru para Ankara após rachaduras no apartamento em Aksaray


Assim que o dia 7 de fevereiro começou na Turquia, a central brasileira Bia tratou de comemorar os primeiros minutos do seu aniversário de 31 anos no fuso horário local. Um misto de felicidade pela data e alívio por estar viva. A jogadora viveu, nesta segunda-feira (6/2), um turbilhão de sensações após os terremotos devastadores no país.

Jogadora do Kuzeyboru, da cidade de Aksaray, localizada cerca de 500km da região do epicentro, Bia sentiu os vários tremores de terra. O primeiro ainda na madrugada, enquanto dormia. Os demais no decorrer de um dia que parecia não acabar nunca.

“O dia 6 começou de uma forma muito ruim, nunca senti tanto medo na vida, mas também nunca senti tanta coragem! Me vi em umas das situações mais difíceis da minha vida e o tempo todo as pessoas mais importantes da minha vida vinham na minha cabeça. Apesar de tudo que aconteceu aqui, de toda tristeza, eu tenho motivos para celebrar e celebrar mais do que nunca, dar valor à minha vida, à minha família e aos meus amigos! Essas meninas já fizeram o meu dia começar feliz, mesmo cansadas, esperaram até meia-noite. Vocês são maravilhosas! Obrigada por todo carinho que eu recebi em meio a esse caos! Amo vocês! 3.0 terminou de uma forma inesperada, mas os 3.1 vão chegar com tudo”, escreveu Bia, em uma foto postada com algumas companheiras de time.

Pouco acostumada com terremotos, Bia precisou deixar o apartamento após o segundo terremoto. A instrução era ficar dentro do carro, mesmo com uma nevasca e a temperatura negativa. No decorrer do dia, após o elenco ainda cumprir a rotina de treinamento, ela encontrou o apartamento onde vive com rachaduras. Outras jogadoras do Kuzeyboru tiveram o mesmo susto. O clube, então, resolveu legar todas para a cidade de Ankara. E ela revelou ao Globo Esporte a dificuldade da viagem de cerca de 230 quilômetros.

– Essa minha vinda para Ankara foi uma das situações mais difíceis. No meio do caminho, começou uma tempestade de neve. Foi desesperador, os carros rodopiando. Alguns acidentes, as pessoas saindo do carro no meio da neve. Eu pensei muitas vezes: “Jesus, será que eu vou sair disso?” Porque foi um desespero mesmo. Essa é a palavra que define. Na mesma situação, eu senti muito medo e muita coragem – contou.