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Destaques - Superliga - 19 de dezembro de 2018

“A vida é muito boa no Brasil”, diz Le Roux, ao Uol. Confira a entrevista


O central francês Kevin Le Roux, 29 anos, chegou ao Brasil e ao Sada/Cruzeiro no início de outubro, mas já se sente em casa. Anteontem, o jogador postou, nas redes sociais, uma foto, comendo um típico lanche brasileiro/mineiro: guaraná com pão de queijo. E ainda por cima escreveu em português.

Em entrevista ao blog Saída de Rede, publicada nesta terça-feira, no portal UOL, o gigante francês de 2,09m, um dos destaques da seleção do seu país, eleito o melhor central do mundo na última Liga das Nações, falou da sua adaptação e do nível técnico da Superliga:

– A adaptação tem sido muito boa. A vida é muito, muito boa no Brasil. Tudo está indo realmente bem. Eu fui muito bem recebido pelos colegas de equipe, fiquei bastante contente. É um bom campeonato: são cinco ou seis grandes equipes disputando os quatro primeiros lugares. No geral, o campeonato é muito bom. As viagens são tranquilas porque as equipes ficam mais ou menos na mesma região, entre São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Paraná. Tudo está indo muito bem – disse.

Em 2007, Le Roux jogou fora da França pela primeira vez, mas conta que não foi uma boa experiência, já que ficou apenas alguns meses na equipe:

– Não fui eu quem foi embora, mas sim fui mandado de volta. Machuquei as costas e eles não ficaram muito contentes em me ver parado. Não queriam que eu parasse de jogar, de forma que não pude descansar e nem me tratar. No final, eles se encheram e me mandaram de volta. Mas valeu pela experiência, ainda que ela tenha sido curta – revelou o jogador ao blog.

A França ficou fora das finais do Mundial deste ano (FIVB)

Ele lamentou a eliminação precoce da Seleção Francesa do Mundial da Itália deste ano. Considerada uma das favoritas, não se classificou seque para as finais – o título ficou com a Polônia, que derrotou o Brasil por 3 a 0 na final.

– A ausência de bons resultados foi por causa dos erros que cometemos e não por causa de um eventual status de favorita. Sabemos que poderíamos ter feito melhor e que merecíamos mais – disse.

Ainda em entrevista ao portal, Le Roux contou como foi o convite para jogar no Sada/Cruzeiro nesta temporada.

– Foi logo após a final da Liga das Nações, em Lille. Eu fiquei muito feliz. Quem não quer jogar no Brasil? Só tem duas vagas por equipe e essas vagas são muito caras. Não podia negar. Fiquei surpreso, mas muito feliz! – disse.

Com 2,09m de altura, o gigante francês se diz bem adaptado ao Brasil (Sada/Cruzeiro/Divulgação)

O central falou sobre as alegrias e tristezas com a camisa da Seleção Francesa:

– As grandes alegrias são várias, como quando ganhamos a Liga Mundial no Brasil pela primeira vez em 2015 e o Europeu logo depois. É uma enorme alegria quando a gente ganha uma grande competição. Já as tristezas foram ter perdido as Olimpíadas, o Europeu de 2017 e também o Campeonato Mundial. Não traçamos a trajetória que deveríamos ter feito, então, é sempre um pouco decepcionante e, claro, triste. Eu digo triste, pois sabemos que poderíamos ter feito melhor e que merecíamos mais – lamentou.

Le Roux acredita que o Brasil vai conseguir manter o nível de títulos e renovação, depois da saída do técnico Bernardinho do comando da Seleção.

– Ele (Bernardinho) era um ótimo técnico e o Brasil teve muitas conquistas com ele, mas equipe continua a mesma, tirando um ou dois jogadores a mais. Se os jogadores tiverem vontade de continuar a ter bons resultados – e eles são capazes disso –, eles o farão, jogarão ao máximo. Eu não acho que a mudança de técnico atrapalhe isso – disse o jogador ao Saída de Rede.