Aída e Valeskinha
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Fora de Quadra - 16 de julho de 2021

Aída dos Santos é homenageada ao lado da filha Valeskinha

A ex-atleta passou a integrar o Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil


Aída dos Santos, única mulher da delegação brasileira a participar dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964, e dona do quarto lugar na prova do salto em altura, passou a integrar o Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil, em cerimônia realizada nesta quinta-feira, na sede do COB, no Rio.

Para marcar a entrada de Aída dos Santos na galeria dos heróis olímpicos seus pés foram gravados em molde de gesso. Por conta da pandemia, estiveram presentes apenas Paulo Vanderley, presidente do COB, Rogério Sampaio, CEO da entidade, o presidente do Conselho de Administração da Confederação Brasileira de Atletismo, Wlamir Motta Campos, e Valeskinha, campeã olímpica com o vôlei em Pequim-2008, filha de Aída.

Aída é a quinta integrante do atletismo no Hall da Fama do COB e a primeira mulher a receber a honraria, aos 84 anos. Foi eleita para o Hall da Fama em 2020, ao lado de Bernard Rajzman (vôlei), do bicampeão olímpico Adhemar Ferreira da Silva – que ainda receberá homenagem póstuma -, Aurélio Miguel (judô), Reinaldo Conrad (vela), Sebastian Cuattrin (canoagem), Tetsuo Okamoto (natação), Wlamir Marques (basquete) e os treinadores Nelson Pessoa (hipismo) e Mário Jorge Lobo Zagallo (futebol).

Paulo Vanderley fez um breve discurso narrando os feitos da Aída, dentro e fora das pistas – Aída ainda joga vôlei máster, no Círculo Militar, e só não pratica atletismo por causa de problemas no joelho. Ela ficou emocionada com a homenagem e disse que iria ao Japão, mas a pandemia causou o cancelamento da viagem.

O quarto lugar de Aída dos Santos no salto em altura, em Tóquio-1964, foi o melhor resultado das mulheres brasileiras até Atlanta-1996. A terceira colocada, que foi uma russa, saltou 1,76m e ela 1,74m passando todos na primeira tentativa e com vantagem na prova até então. A russa só passou 1,76m no terceiro e último salto.

Aída foi a única mulher a integrar a delegação brasileira naquela edição do evento, sozinha e sem sapatilha – competiu com uma sapatilha de velocidade, emprestada. Ainda disputou o pentatlo nos Jogos da Cidade do México-1968.