Ana Moser e Isabel no grupo de transição de Lula

As ex-jogadoras de vôlei Ana Moser e Isabel Salgado foram anunciadas nesta segunda-feira (14) entre os nomes da equipe técnica do governo de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O anúncio foi feito pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).

Além das ex-jogadoras de vôlei, o também ex-jogador de futebol Raí foi convidado para integrar o Grupo de Esporte do governo de transição. A equipe é prevista em lei e serve para que os membros tenham acesso a documentos e informações do atual governo.

Medalhista de bronze em Atlanta 1996 e uma das gigantes do vôlei mundial de sua geração, Ana Moser é nome forte nos bastidores da política esportiva brasileira em defesa de temas de interesse do setor. Ela é uma das fundadoras do movimento “Esporte pela Democracia, ao lado de Raí, e há mais de 20 anos preside o Instituto Esporte & Educação.

Isabel, que é mãe dos jogadores de vôlei de praia Maria Clara, Carol e Pedro Solberg, jogou nas quadras e foi pioneira nas areias. Em 1994, ela conquistou o título mundial ao lado de Roseli Timm. Posteriormente, se tornou treinadora. Carol, inclusive, ganhou notoriedade não só pelos feitos em quadra, mas também pela postura crítica a Bolsonaro. No ano passado, a atleta gritou “Fora, Bolsonaro” após conquistar a classificação para uma etapa do Circuito Brasileiro, ao lado de Bárbara Seixas.

No grupo técnico do Esporte, outros seis membros ainda integrarão a equipe de transição. Ao todo, são nove nomes. Além de Ana Moser, Isabel Salgado e Raí, foram convidados Mizael Conrado (presidente do Comitê Paralímpico) Verônica Hipólito (atleta paralímpica), Marta Sobral (ex-jogadora de basquete), Edinho Silva (prefeito de Araraquara), Nádia Campeão (ex vice-prefeita de São Paulo) e José Luís Ferrarezi (ex-vereador).

No governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), o Ministério do Esporte deixou de existir e acabou reduzido a uma secretaria dentro do Ministério da Cidadania. A expectativa da comunidade esportiva é de que ele volte a ter caráter de ministério no novo governo Lula.