Análise: jogo coletivo do Brasil faz a diferença nas quartas de final

Não é comum as cinco atacantes de um time chegarem aos dois dígitos de pontuação em um jogo de três sets. E foi isso que aconteceu na vitória do Brasil sobre a França por 3 a 0, pelas quartas de final do Campeonato Mundial feminino de vôlei, nesta quinta-feira (4/9), em Bangkok.

Com o jogo coletivo funcionando, a Seleção Brasileira venceu uma aguerrida equipe francesa, com duas parciais muito complicadas. Zé Roberto promoveu Roberta e Rosamaria como titulares desta vez. E a distribuição da levantadora foi boa.

No ataque, Julia Kudiess foi bola de segurança no primeiro set, enquanto Rosa e Julia Bergmann cresceram da metade para o fim da partida. Gabi teve importante passagem pelo saque e pelo fundo de quadra para resgatar o Brasil em um momento complicado do duelo, enquanto Diana liderou pelo segundo jogo seguido a equipe no número de bloqueios.

E se tudo isso acima funcionou, Marcelle deve ser citada. Atuação segura no passe e proporcionando muitos contra-ataques na defesa.

Do lado francês, a derrota no emocionante segundo set foi um duro golpe. O time não assimilou e se despede do Mundial entre os oito primeiros, deixando no ar uma possibilidade de afirmação em um novo patamar do vôlei neste ciclo olímpico.

Confira outros números disponibilizados pela FIVB:

Números de pontos de ataque
Brasil: 54 (17 de Julia Bergmann, 12 de Gabi e 12 de Rosamaria)
França: 50 (18 de Cazaute e 15 de Ndiaye)

Pontos de bloqueio
Brasil: 8 (5 de Diana e 3 de Julia Kudiess)
França: 6 (1 de Cazaute, 1 de Rotar, 1 de Sylves, 1 de Fanguedou, 1 de Elouga e 1 de Gicquel)

Pontos de saque
Brasil: 2 (1 de Gabi e 1 de Diana)
França: 2 (1 de Cazaute e 1 de Stojiljkovic)

Erros
Brasil: 17
França: 21

BRASIL: Roberta (2), Rosamaria (12), Gabi (13), Julia Bergmann (17), Julia Kudiess (10), Diana (10) e Marcelle (líbero). Entraram: Helena, Macris e Kisy. Técnico: José Roberto Guimarães.

FRANÇA: Stojiljkovic (1), Ndiaye(15), Cazaute (20), Rotar (10), Elouga (2), Sylves (7) e Gelin (líbero). Entraram: Danard Selosse, Gicquel (1), Giardino e Fanguedou (2). Técnico: Cesar Hernandez.