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Destaques - Tóquio-2020 - 11 de fevereiro de 2020

Árbitros brasileiros falam sobre “convocação” olímpica

Quatro representantes do Brasil sobre nova chance olímpica


Nesta segunda-feira, a Federação Internacional (FIVB) divulgou a lista de árbitros para os torneios de vôlei e vôlei de praia nos Jogos Olímpicos de Tóquio. E o Brasil será representado por quatro deles: Paulo Turci (quadra) e Mário Ferro (areia), além de Maria Amélia Villas-Boas e Elzir Martins de Oliveira, que foram selecionados como treinadores e tutores dos árbitros na praia na edição olímpica de 2020.

Árbitra da FIVB por 35 anos, Maria Amélia Villas-Boas se sente honrada em ser mais uma vez chamada para uma edição de Jogos Olímpicos. Depois de atuar como árbitra em três edições de Jogos Olímpicos (Atlanta-1996, Pequim-2008 e Londres-2012), inclusive apitando as finais de Pequim e Londres, as únicas em que o Brasil não esteve presente, Maria Amélia desta vez estará em uma nova função.

– Encerrei a carreira após Londres e fui convidada pela FIVB para ser membro da Comissão de Arbitragem. Nas Olimpíadas do Rio, em 2016, fui convidada pela FIVB para trabalhar na função de Supervisora e também como Challenge Referee, mas decidi ajudar ao meu país e trabalhar pelo Comitê Olímpico como Referee Manager. Trabalhei também como Árbitro do Desafio – relembrou Maria Amélia, que complementou:

– Agora fui convidada novamente para ser Supervisora em Tóquio. Estou muito feliz, pois esse convite demonstra que o meu trabalho como Supervisora nas diversas Etapas do Circuito Mundial está no caminho certo. Claro, sempre será uma honra representar o meu Brasil – disse.

Mário Ferro, que já apitou nos Jogos do Rio de Janeiro, está radiante em ter essa oportunidade olímpica mais uma vez.

– Estou muito feliz e orgulhoso por poder representar o Brasil mais uma vez. É o sonho de todo árbitro estar em um evento como esse. Sabemos como é difícil, uma longa jornada e aí você olha para trás e percebe que todo o sacrifício de estar longe das pessoas que você gosta, finais de semana, semanas e algumas vezes meses longe, tudo vale a pena quando você tem um sonho e principalmente quando ele se torna realidade – afirmou Mário Ferro.

Depois de 30 anos atuando como árbitro, Elzir Martins de Oliveira é mais um satisfeito e pronto para encarar um grande e novo desafio – embora não seja exatamente uma novidade atuar na função de árbitro de vídeo, depois de ter estado, inclusive, em três edições do Campeonato Mundial nesta posição.

– Estou indo para a minha quarta Olimpíada. Em três eu fiz como árbitro em Sydney-2000, Atenas-2004 e Rio-2016, e dessa vez estou indo como responsável pelo Challenger e realmente é uma situação diferente, embora eu tenha já trabalhado no Rio nessa função. É diferente porque eu não estarei dentro das quadras, mas fora, participando do processo de decisão. Recebi essa convocação com muita satisfação por mais uma vez poder representar o meu pais na arbitragem, só que em uma função diferente da que desempenhei nas três últimas – comentou Elzir, que detalhou mais sobre o trabalho nesta edição.

– É uma função técnica, que envolve uma série de questões, trabalho com a tecnologia, um processo de decisão um pouco mais complexo, porque o árbitro de vídeo só é utilizado naquelas situações onde há dúvidas ou discordância. A responsabilidade aumenta. Espero que não tenha que decidir uma medalha olímpica no Challenger, mas pode acontecer e temos que estar preparados para isso – disse Elzir, que já esteve no Japão para o evento teste, e está entre os três profissionais escolhidos para atuar nesta função em Tóquio.

Único representante brasileiro na arbitragem do voleibol de quadra, Paulo Turci tem como objetivo representar bem o país na segunda chance olímpica.

– Participar de uma competição mundial é sempre motivo de orgulho e satisfação. Significa representar o país e receber o reconhecimento do trabalho realizado. Participar dos Jogos Olímpicos, para um árbitro, é o momento mais gratificante da carreira. A maior competição esportiva do planeta. Pessoalmente, me sinto orgulhoso de representar o Brasil, pela segunda vez, e espero desempenhar da melhor maneira possível, para fortalecer ainda mais a arbitragem brasileira – concluiu Turci.