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Destaques - Fora de Quadra - 30 de julho de 2019

Argentinos pedem mudanças na FeVA, fim da taxa de transferência e dívida quitada

Atletas, entre eles De Cecco e Conte, expõem problemas com a Federação Argentina de Voleibol


Jogadores das seleções feminina e masculina da Argentina divulgaram, nesta segunda-feira, um comunicado com duras críticas à FeVA (Federação Argentina de Voleibol) e ao presidente Juan Antonio González – que está à frente da entidade desde 2011 – exigindo mudanças profundas na direção da federação, sob ameaça de não disputarem os torneios que estão programados para depois dos Jogos Pan-Americanos e do Pré-Olímpico neste ano.

O comunicado foi apresentado e lido por integrantes da Juva (Associação de Jogadores de Voleibol da Argentina), durante uma coletiva de imprensa convocada pelos próprios atletas. Yamila Nizetich, Julieta Lascano, Facundo Conte, Luciano De Cecco, Alexis González e Santiago Darraidou representaram a associação e oficializaram o protesto.

Além de mudanças na direção da FeVA, a Associação dos Jogadores cobra uma dívida que a Federação teria com a seleção feminina no valor de 65 mil dólares – de uma premiação que não foi paga, referente à Liga das Nações de 2018 -, melhores condições de trabalho – em alguma competições o grupo viaja sem médico ou seguro – e igualdade de condições nas premiações para as mulheres.

Jogadores de vários clubes participaram do protesto (Twitter/Reprodução)“Eles querem nos chamar de mercenários, mas só viremos aqui pela camisa”, disse o líbero Alexis González, que desde 1999 representa a Seleção e disse que nada mudou deste então.

Taxa de transferência

“Entendemos como abusivos os aumentos das tarifas estabelecidas pela FeVA para as transferências internacionais”, continuou González, referindo-se à taxa de 4 mil reais (no masculino) e 2,5 mil reais (no feminino) cobrado pela federação para liberar o atleta para atuar no exterior.

“Em muitos casos, e especialmente no caso de jogadores, a taxa de transferência de FeVA chega a ser 30% do contrato total sem fins lucrativos. Portanto, precisamos que a decisão de aumentar tarifas seja revista e que parâmetros objetivos e razoáveis ​​sejam estabelecidos, sem prejudicar os interesses justos dos jogadores e jogadores”, disseram os jogadores, por meio do comunicado.

“Devemos também comentar que há membros da equipe de treinadores, preparadores físicos e corpos médicos de ambas as seleções que relataram não receber salários há quatro meses”, continuou.

Leia abaixo outros trechos do comunicado:

“Declaramos que não temos nada a reivindicar da Agência Nacional do Esporte e da Enard (que paga as bolsas acordadas em tempo hábil). Da mesma forma, devemos dizer que recebemos informações sobre o apoio econômico para a FeVA e parece ser uma quantia extremamente importante. Pelo menos, deve ser dividido, para que os jogadores e jogadores da equipe nacional não afetem seus próprios fundos para jogar nas diferentes competições.

Em resumo, precisamos imediatamente que:

a) o aumento das tarifas nos países internacionais seja cancelado;

b) a dívida dos prêmios da Liga das Nações de 2018 que o FeVA possui com os participantes da seleção (US $ 65.000) seja quitada. Caso contrário, não podemos garantir a participação das equipes de vôlei nos próximos torneios e esperamos que eles nos entendam. Gostaríamos de estar treinando agora e não dando esta conferência de imprensa.

Finalmente, queremos também dizer que queremos um voleibol cada vez maior, saudável e transparente. Nosso problema está circunscrito à federação que concentra o vôlei na Argentina (FeVA), na qual não percebemos uma gestão clara, e precisamos ter líderes que possam se sentir diligentes. Gerações de jogadores e jogadores fizeram das seleções nacionais de vôlei uma marca registrada em todo o mundo e entendemos que, para promover o desenvolvimento de nosso esporte, precisamos de outro tipo de federação. Nós merecemos e precisamos de um FeVA com outra liderança”.

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