Balanço da Superliga B é positivo, avalia Renato D´Ávila, Superintendente da CBV
Valinhos, Flamengo, Botafogo e Apan/Blumenau estão de volta à elite
A temporada 2019 da Superliga B chegou ao fim no último fim de semana com a realização das finais feminina e masculina. No masculino a competição encerrou a oitava temporada com o título do Botafogo (RJ), enquanto no feminino a competição foi realizada pela sexta vez, e teve o Vôlei Valinhos (SP) como grande campeão. Esta também foi a segunda vez na história do campeonato em que duas equipes garantiram o acesso à elite em cada um dos gêneros.
Pela primeira vez a quantidade de clubes foi a mesma tanto no masculino quanto no feminino, bem como a fórmula da competição. Os oito clubes concorrentes em cada naipe jogaram entre si em turno único, seguido por quartas de final e semifinais disputadas em séries de melhor de três jogos. A decisão ocorreu em partida única na casa do finalista de melhor campanha. O Superintendente de Competições de Quadra da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), Renato D´Ávila, valorizou o acesso de times importantes à primeira divisão e a consolidação das três divisões da Superliga.
“Tivemos este ano o retorno à elite de quatro equipes importantes do voleibol, que em épocas diferentes tiveram um papel na primeira divisão. E, a reboque da Superliga B, temos a Superliga C, que completa este ciclo de competições nacionais com acessos e rebaixamento, dando mais força ao mercado do voleibol brasileiro. Estamos sempre em busca de mais apoio e mais patrocinadores para seguirmos aprimorando”, destacou o dirigente.
Na final feminina o Vôlei Valinhos coroou a boa campanha com vitória sobre o Flamengo (RJ) no último sábado (13.04), por 3 sets a 2 (25/22, 25/22, 21/25, 20/25 e 15/13), diante de 1800 torcedores no Pedro Ezequiel, em Valinhos (SP). Os dois times já haviam conquistado o acesso com a classificação para a decisão.
“Quando montamos a equipe para a disputa desta Superliga B, sabíamos que o Flamengo seria nosso principal adversário. Eu juntei as meninas e elas compraram a minha ideia. Começamos a competição com muita força, vencendo os jogos por 3 a 0. Na derrota contra Maringá vimos que não seria tão confortável assim avançar na competição, que precisaríamos dar o nosso máximo sempre. Estou muito feliz com nossa campanha”, disse André Rosendo, treinador do Vôlei Valinhos.
Já o Botafogo levantou o troféu depois de passar pelo Apan Blumenau (SC) por 3 sets a 1 (25/16, 22/25, 26/24 e 25/21), neste domingo (14.04), no Oscar Zelaya, no Rio de janeiro (RJ). O alvinegro carioca terminou a competição com uma marca de 12 vitórias em 13 partidas. Dentro de quadra, o experiente oposto Lorena foi quem comandou o elenco rumo ao título. O atleta, que se emocionou após a vitória na final, elogiou a competição e quer mais.
“Eu adorei jogar a Superliga B. É um campeonato muito importante para o nosso voleibol. Os jovens têm oportunidade de aprender, e os mais velhos têm condições de passar a experiência. Meu sonho é que esta competição cresça. Que aumente o número de clubes, que o calendário seja mais parecido com o da primeira divisão. O caminho para o desenvolvimento do esporte é este”, contou Lorena.
Os números desta edição reforçam o que foi observado por Lorena no que se refere à participação de atletas mais novos. Em 2019, dos 280 jogadores inscritos entre o masculino e o feminino, 159 tinham até 23 anos, o que representa 57% do volume total das inscrições. Para Renato D´Ávila esta mescla entre juventude e experiência nos clubes é um fator positivo.
“A participação de jovens atletas é um destaque, as equipes têm apostado em jogadores vindos da base, dando oportunidade de crescimento, mesmo que isto comprometa em parte o nível técnico, é importante que eles tenham bagagem”, comentou o Superintendente.
A Superliga 2019 seguiu a tendência atual entre as competições esportivas e apostou em transmissões pela internet. Ao todo foram 22 partidas contempladas pelas plataformas online. Os jogos foram distribuídos entre o Canal Vôlei Brasil (https://canalvoleibrasil.cbv.com.br), com 11 transmissões, e o GloboEsporte.com que transmitiu mais 11 duelos, inclusive todos os confrontos das semifinais. A televisão não ficou de fora desta festa, e as partidas que definiram os campeões contaram com os Canais SporTV.
Outro destaque positivo desta temporada foi o bom público, especialmente em Anápolis (GO). O time do Anápolis Vôlei (GO) acumulou um público de mais de 31 mil pessoas nos sete jogos que sediou no ginásio Newton de Farias, média de 4.552 expectadores por partida. Inclusive é do time goiano o recorde de público no voleibol brasileiro em 2019, incluindo todas as divisões, com os 6683 torcedores presentes no primeiro duelo semifinal entre o Anápolis e o Apan Blumenau (SC).
“O mais interessante em relação à Superliga B é observar a consolidação do campeonato ao longo destas oito temporadas. Este ano tivemos uma presença de público expressiva no torneio masculino. O interesse da mídia em transmitir os jogos também aumentam a cada temporada”, avaliou Renato D’Ávila.
SUPERLIGA B 2019
CLASSIFICAÇÃO FINAL
MASCULINA FEMININA
1° – Botafogo (RJ) 1° – Vôlei Valinhos (SP)
2° – Apan Blumenau (SC) 2° – Flamengo (RJ)
3° – Anápolis Vôlei (GO) 3° – Maringá/AmaVôlei (PR)
4° – Lavras Vôlei (MG) 4° – Bradesco Esportes (SP)
5° – JF Vôlei (MG) 5° – São José dos Pinhais (PR)
6° – São José Vôlei (SP) 6° – Cefa (RS)
7° – Upis (DF) 7° – Feac/AFV Franca (SP)
8° – Apav Vôlei (RS) 8° – Marcelino Champagnat/FEL/Londrina (PR)
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