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Destaques - Fora de Quadra - 9 de novembro de 2022

Behar sobre saída: “Presidentes não gostavam de mim”

A agora ex-CEO da CBV comentou sobre a motivação política que forçou a demissão


Adriana Behar, em entrevista ao Globo Esporte, falou sobre a demissão do cargo de CEO da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), nesta quarta-feira (9/11). Ela admite que a pressão de algumas federações estaduais, em uma carta enviada para a entidade, deflagraram a saída após 1 ano e oito meses no cargo.

– Eu recebi (a carta) de terceiros, não recebi da Confederação. Eu fiz a carta trazendo dados e fatos dentro desse conceito de inovação, modernidade, desbloqueios de novas receitas e negócios. E trazendo temas que eu acredito. Esse foi o caminho traçado até a data de ontem (terça). Não teve conversa. Teve uma comunicação. A comunicação foi que os presidentes (de federações) não gostavam de mim. Essa foi a comunicação. Mas não são todos. Eu até tenho recebido (mensagens). Eu nunca tive nenhum embate. Com ninguém. Pelo contrário. Mas, sem querer polemizar, essa foi a justificativa – disse ao GE.

Como já divulgado, um grupo político de apoiadores do presidente Walter Pitombo Laranjeiras, o Toroca, justificava o pedido de saída com o fato de Adriana Behar não estar presencialmente todos os dias na sede da CBV. Segundo ela, isso foi acordado com os próprios mandatários da CBV quando ela recebeu o convite para assumir o cargo, com o modelo mantido após o fim da restrições forçadas pela pandemia.

Ainda na entrevista, a ex-jogadora de vôlei de praia falou sobre a resposta, também em uma carta.

– Eu tive o conhecimento da carta na segunda, por terceiros. No momento que recebi a carta, como era direcionada, o foco era em mim, decidi responder. Eu tenho tudo muito bem planejado, mapeado. Quis mostrar o que foi feito, com justificativas que a carta caía por terra. Porque, na minha visão, era algo muito mais subjetivo, abstrato. Você não consegue evidenciar, de fato, o que está contribuindo negativamente. Então, só fiz um relato.

Após receber apoio público de Gabi e de várias personalidades do vôlei, Adriana Behar disse estar feliz:

– A aceitação, de modo geral, dos parceiros da CBV, da equipe, até dos atletas, foi boa. Estou recebendo mensagens de atletas. Estou feliz. Qualquer mudança, você gera um desconforto. Mas as mudanças às vezes, com embasamento e estudo, são necessárias para promover o desenvolvimento do negócio. Em uma gestão, você precisa estar sempre se questionando e revendo o que está fazendo. A dificuldade é a questão cultural. São modelos e padrões que estão sendo seguidos há anos.

A influência política na saída de Adriana Behar