Bergmann: “A evolução tem sido boa”
Após período sem jogar nos EUA, Julia Bergmann volta às quadras na VNL
Esporte e educação. Duas palavras que sempre caminharam juntas para a ponteira Julia Bergmann. A atacante, de 22 anos, se formou no início do mês de maio em Estudos Interculturais e Física pela Universidade de Georgia Tech, nos Estados Unidos. Na sequência, se apresentou à Seleção Brasileira, em Saquarema (RJ), para o início dos treinamentos para a Liga das Nações. Julia vive um momento de transição na carreira e disputa em 2023 sua primeira temporada profissional. Antes disso, ela quer ajudar o Brasil a garantir um lugar nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. A disputa da Liga das Nações é o primeiro passo da temporada. O Brasil estreia contra a China às 6h desta quarta-feira (31/5), com transmissão ao vivo do sportv2 e pelo Web Vôlei no YouTube e Twitch, sem imagens.
– Foi uma conquista poder juntar o esporte com a educação. Se eu conseguir influenciar uma pessoa a estudar e jogar ao mesmo tempo, já estou satisfeita. Foi um aprendizado muito grande dentro e fora das quadras. Evoluí muito como pessoa nesses quatro anos e passei por situações difíceis que me fizeram mais forte. Mudei minha rotina em quatro anos e o resultado foi recompensador – garante Julia Bergmann, que comenta ainda sobre seu momento atual e destaca a importância dos três jogos-treinos contra o Japão no processo de formação do grupo do Brasil. No primeiro jogo-treino, na quinta-feira, cada seleção venceu dois sets, e no segundo, nesta sexta-feira, o Brasil levou a melhor por 3 sets a 1.
– É um período de ajustes. Joguei na liga universitária que tem um ritmo diferente, com treinos uma vez ao dia. Esses jogos-treinos contra o Japão estão sendo ótimos para minha adaptação. Nessa primeira semana vamos jogar com times fortes. Vou precisar de paciência com meu corpo para conseguir voltar, mas a evolução tem sido boa – explica Julia Bergmann.
Na etapa inicial da Liga das Nações, em Nagoya, no Japão, o Brasil encara China, Holanda, República Dominicana e Croácia entre 31 de maio e 4 de junho. Para a partida de estreia contra a China, Julia Bergmann espera dificuldades, mas mostra confiança em um bom desempenho do Brasil.
– Vai ser um jogo difícil. A China tem um time alto, forte e bom de defesa. Jogar contra o Japão nos prepara para esse tipo de partida. Aprendemos bastante com elas em cobertura de boqueio e sistema de defesa. Estamos vendo o que podemos ajustar para chegar bem na estreia contra a China – afirma Julia Bergmann.
Sobre o futuro, Julia promete dedicação na vida de atleta profissional.
– Primeiro quero jogar essa Liga das Nações, depois o Pré-Olímpico e buscar essa vaga para os Jogos Olímpicos. O sonho de qualquer atleta é participar de um Jogos Olímpicos e comigo não é diferente. Depois quero jogar em uma liga, com as melhores equipes do mundo. Quero começar essa vida profissional e me dedicar totalmente ao voleibol – finaliza Julia Bergmann, que será comandada por Zé Roberto no THY, da Turquia.
Além dela, o Brasil conta na primeira semana da competição com as levantadoras Macris e Naiane, as opostas Kisy e Lorrayna, as ponteiras Ana Cristina, Tainara e Maiara Basso, as centrais Carol, Diana, Lara e Lorena e as líberos Natinha e Laís.