Bernard
Home Fora de Quadra Bernard: novo integrante do vôlei no Hall da Fama do COB
Fora de Quadra - 28 de abril de 2020

Bernard: novo integrante do vôlei no Hall da Fama do COB

Definição aconteceu nesta semana após votação


O Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil (COB) ganhará dez novos integrantes em 2020. A partir de processo de eleição realizado na última segunda-feira, o vôlei passará a ter mais um membro: Bernard Rajzman, que integrou a Geração de Prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles.

Além do segundo lugar na edição olímpica de 1984, ele foi vice-campeão mundial dois anos antes. Bernard soma ainda quatro medalhas nos Jogos Pan-Americanos: ouro em Caracas 1983, prata na Cidade do México 1975, em San Juan 1979 e em Indianápolis 1987. Foi também o criador do saque “Jornada nas Estrelas”.

Além de Bernard, foram escolhidos os seguintes nomes: Adhemar Ferreira da Silva (atletismo), bicampeão olímpico no salto triplo; Aída dos Santos (atletismo), quarto lugar no salto em altura em Tóquio 1964, melhor resultado individual de uma brasileira em Jogos Olímpicos até Pequim 2008; Aurélio Miguel (judô), campeão olímpico em Seul 1988 e bronze em Atlanta 1996; Reinaldo Conrad (vela), duas vezes medalhista de bronze olímpico: Cidade do México 1968 e Montreal 1976; Sebastian Cuattrin (canoagem velocidade), 11 medalhas em Jogos Pan-americanos; Tetsuo Okamoto (natação); primeiro medalhista olímpico da natação brasileira: bronze nos 1.500m livre, em Helsinque 1952; Wlamir Marques (basquete), bicampeão mundial (1959 e 1963) e bronze nos Jogos de Roma 1960 e Tóquio 1964; além dos treinadores Nelson Pessoa (hipismo saltos), que disputou os Jogos Olímpicos cinco vezes como atleta e comandou a equipe brasileira nas conquistas do bronze em Atlanta 1996 e Sydney 2000; e Mário Jorge Lobo Zagallo, bronze em Atlanta 1996 e único profissional a ter participado de quatro das cinco campanhas vitoriosas do Brasil em Copas do Mundo.

– O Hall da Fama é uma iniciativa do COB que visa eternizar aqueles que ajudaram a construir a história olímpica do Brasil, além de ocupar essa lacuna de reconhecimento e valorização de ídolos do esporte do país. Nosso objetivo é ressaltar os feitos e glórias dos grandes atletas e treinadores brasileiros – afirmou a presidente do COB, Paulo Wanderley, que ainda elogiou os novos escolhidos.

– A edição deste ano do Hall da Fama terá uma seleção de personagens históricos do nosso esporte e ficará marcada por dois aspectos: a variedade de esportes contemplados (nove) e a longevidade das carreiras dos homenageados. Podemos citar, por exemplo, o Wlamir, que foi capitão da seleção por uma década; o Conrad, que disputou cinco edições dos Jogos Olímpicos; e o Zagallo, campeão do mundo em 1958 como jogador e integrante da comissão técnica brasileira até a Copa de 2006 – analisou o presidente do COB.

Os novos integrantes do Hall da Fama participarão de cerimônias organizadas pelo COB na qual deixarão as marcas de suas mãos ou de seus pés em moldes que, posteriormente, serão expostos em um espaço exclusivo no Centro de Treinamento Time Brasil, localizado no Parque Aquático Maria Lenk, Rio de Janeiro. No caso de Adhemar Ferreira da Silva e Tetsuo Okamoto, já falecidos, haverá homenagens póstumas.

Este ano, devido à pandemia do novo coronavírus, o COB realizou o processo de eleição dos novos integrantes do Hall da Fama totalmente online. Os integrantes da Comissão Avaliadora receberam virtualmente os formulários de votação, e a reunião ocorreu por meio de videoconferência. A comissão foi formada por sete membros da diretoria do COB; dois integrantes da Comissão de Atletas do COB; quatro do Conselho de Administração do COB; e apenas um dos representantes nacionais do Comitê Olímpico Internacional (COI), Andrew Parsons. Já Bernard Rajzman, que também estaria apto a participar, acabou sendo excluído do processo de eleição para evitar conflito de interesses.

Criado em 2018, o Hall da Fama homenageou em sua primeira edição, no Prêmio Brasil Olímpico, o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, único brasileiro a receber a medalha Pierre de Coubertin; o velejador Torben Grael, maior medalhista olímpico brasileiro; e a dupla de vôlei de praia Sandra Pires e Jackie Silva, primeiras campeãs olímpicas brasileiras.

Já em 2019, além de homenagens póstumas à Maria Lenk (natação), Guilherme Paraense (tiro esportivo), João do Pulo e Sylvio de Magalhães Padilha (ambos do atletismo), ingressaram no Hall da Fama: o judoca Chiaki Ishii, as campeãs mundiais de basquete Paula e Hortência, o meio-fundista Joaquim Cruz e os treinadores de vôlei Bernardinho e José Roberto Guimarães.