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Categorias de base - Superliga - 15 de dezembro de 2023

Bradesco Esporte está encerrando uma linda história

O projeto de formação foi responsável por lançar várias grandes atletas


A já combalida categoria de base do vôlei brasileiro sofre um duro golpe. O projeto do Bradesco Esportes, unicamente forjado para a formação de jovens em Osasco, está fechando as portas. A informação foi publicada por Cacá Bizzocchi, no Instagram, hoje, e confirmada pelo Web Vôlei.

Para quem não se lembra, o Bradesco venceu a última Superliga B feminina. Teria vaga na elite nacional em 2023/2024. Abriu mão. Na sequência, também deixou de inscrever o time na Superliga B de 2024. Era o caminho anunciado para a decisão da futura “descontinuação”.

O adulto não era mais o  foco do projeto, mas sim uma consequência do trabalho de base. Atualmente, eram equipes sub-13, sub-14, sub-15, sub-17, sub-19 e sub-21. E eles frequentemente estavam no pódio nas competições nacionais e estaduais.

Nas décadas de Bradesco Esportes, uma infinidade de atletas de vôlei passou ou foi formada exclusivamente ali. Entre campeãs olímpicas, Paula Pequeno, Dani Lins, Mari e Adenízia se destacam. Entre atletas em atividade, a lista é enorme. Entre as atuais selecionáveis, Tainara, Natinha, Nyeme e Diana são alguns nomes.

Triste e desanimador. Abaixo, parte do que o próprio site do Bradesco Esportes contava de sua bela história.

HISTÓRIA

O Programa teve início em 1987, na Universidade Metodista de Piracicaba, com uma equipe feminina adulta de basquete, juntamente com Núcleos de Formação da modalidade. Algum tempo depois, o Banco de Crédito Nacional (BCN) deixou de ser patrocinador para tornar-se mantenedor do time que recebeu o nome de BCN.

Nesse período, a equipe contava com atletas da Seleção Brasileira, como “Magic” Paula e Branca, que também auxiliavam nas atividades das categorias de base. Em 1992, o Programa decidiu encerrar as atividades da equipe adulta de basquete, permanecendo com as categorias de base, que continuaram brilhando nos campeonatos que participavam.

Em 1993, espelhado nos bons resultados obtidos com o basquete, foi criado um time de Vôlei adulto, no Guarujá (SP), juntamente com Núcleos de Formação para meninas de 9 a 13 anos, chegando a atender até 800 crianças e jovens. Em parceria com a Prefeitura do Município, a equipe recebeu o nome de BCN Guarujá e contou com atletas renomadas, entre elas Isabel, Virna, Leila, Márcia Fu, Ida e Ana Flávia entre outras.

Com a transferência para a cidade de Osasco, o programa passa ser chamado BCN Osasco. Após a aquisição do BCN pelo Bradesco, o programa ganha novas dimensões utilizando os conceitos de sustentabilidade aplicados pelo banco, que realiza trabalhos sociais há décadas com a Fundação Bradesco. Nesse período, os Núcleos de Formação são ampliados.

Em 2004, a marca BCN passou a ser chamada Finasa/Osasco. Sua nova dimensão acompanha a grandiosidade da organização mantenedora com uma estrutura completa de apoio.

Com uma série de temporadas vitoriosas e a conquista do bicampeonato Superliga pela equipe adulta feminina, Fernanda Venturini, Mari, Érika, Valeskinha, Arlene e Bia são convocadas para a seleção brasileira para disputa dos Jogos Olímpicos de Atenas. As atletas Paula Pequeno, Jaqueline e Mari – que jogam pelo ADC/Finasa e foram reveladas pelo programa – são destaques na conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos em Pequim.

A ADC/Finasa passa a ser chamada ADC Bradesco, com a nova denominação Bradesco Esportes e Educação. A história do programa traz uma perspectiva moderna na preparação física, esportiva e social, com uma proposta de formação no esporte a longo prazo.

Em 2009 foram encerradas as atividades da equipe adulta de vôlei e o programa manteve o foco na formação esportiva – equipes de base – de crianças e jovens nas modalidades do voleibol e basquetebol feminino.