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Seleção Brasileira - 1 de setembro de 2019

Brasil bate a Colômbia é a campeão Sul-Americano


O Brasil conquistou o seu 21º título Sul-Americano na noite deste domingo ao derrotar a Colômbia, comandada pelo técnico brasileiro Antonio Rizola, por 3 sets a 0 – parciais de 25-22, 25-23 e 25-20 -, na cidade de Cajamarca, no Peru. Foi um importante teste para boa parte do time, que será mantido para a disputa do próximo compromisso verde-amarelo na temporada, a Copa do Mundo do Japão, que acontece entre os dias 14 e 29 de setembro.

O torneio da Ásia conta pontos para o ranking e é importante para a definição das chaves da Olimpíada de Tóquio do ano que vem. Para delírio da torcida peruana, que lotou o ginásio em Cajamarca, as donas da casa derrotaram a Argentina por 3 sets a 2 na preliminar – parciais de 25-19, 26-24, 17-25, 19-25, 16-14 – e garantiram a medalha de bronze.

Lorenne foi eleita a MVP da competição. As centrais Bia e Mara também fizeram parte da seleção do Sul-Americano. Confira aqui a lista das premiadas.

A partida foi uma espécie de revanche do Pan-Americano, há três semanas, quando o Brasil foi derrotado pela Colômbia por 3 sets a 2, de virada, nas semifinais. A equipe, no entanto, era outra.

Leia foi bem no Sul-Americano (Berto Doloriert/CSV)

Ponteiras

As atuações de Amanda e Drussyla – embora bem melhores que das atacantes que atuaram no Pan (Maira, Lana e Paula Borgo) – ainda geram insegurança. Ambas cometeram erros bobos, jogando ataques para fora em momentos decisivos e tomando tocos com o bloqueio simples do lado adversário. Nos primeiros jogos do Sula, Drussyla sofreu um pouco no passe, o que era compreensível, já que ainda estava ganhando ritmo, depois de uma temporada recuperando-se de lesão no Sesc RJ.

A maior evolução verde-amarela neste Sul-Americano talvez tenha sido no bloqueio, com Mara e Bia pontuando bem também no ataque – principalmente Bia. Lorenne, no geral, esteve bem, se consolidando como a bola de segurança do Brasil, mas às vezes sofre pequenos apagões. Sheilla entrou poucas vezes e não comprometeu. Ainda precisa evoluir fisicamente para ganhar mais potência no ataque.

Macris ganhou pontos com Zé Roberto, cada vez mais entrosada. Carol se machucou na partida contra a Argentina, sexta-feira, e não jogou na semifinal nem na final. Segue sem conseguir mostrar o bom voleibol apresentado durante a última Superliga e Mara segue se segurando entre as titulares, com mérito. Fabiana também sentiu uma lesão no pé e não entrou em nenhuma partida. Maira entrou na maioria das vezes só para sacar e Gabi Cândido foi bem nas poucas vezes que foi para o jogo.

Roberta titular

O técnico José Roberto escalou o Brasil com Roberta, Lorenne, Bia, Mara, Drussyla, Amanda e Léia (líbero). Sheilla, Macris e Maira entraram. Macris entrou durante o segundo set, quando o time perdia por cinco pontos de diferença e ficou até o final.

O Brasil comandou o primeiro set, com a Colômbia sempre dois ou três pontos atrás do marcador. Amanda e Drussyla começaram um pouco inseguras no ataque, cometendo erros e se precipitando em bolas que poderiam ser melhor trabalhadas. De maneira geral, não só no primeiro set, mas em todo o jogo, o bloqueio foi bem, tocando nas bolas e parando os ataques colombianos. A Seleção fechou em 25 a 22, com boa atuação das centrais Bia e Mara.

Virada no set

Na segunda parcial, a Colômbia voltou melhor no ataque, errando menos. O Brasil, ao contrário, seguiu errando nas finalizações das bolas de segurança e viu as adversárias fazerem 14 a 9. Zé Roberto tirou Roberta e colocou Macris em quadra. Aos poucos, a Seleção Brasileira foi tirando a diferença, na base dos contra-ataques. Em um bom ataque de Drussyla na paralela, o time empatou em 18 a 18, e num erro da ponteira Amanda Coneo, da Colômbia, passou à frente: 22 a 21. Em um ataque de Amanda, as brasileiras fecharam o set em 25 a 23, abrindo 2 a 0 na partida.

Lorenne foi a MVP (CBV/Divulgação)

O Brasil começou desligado no quarto set e as colombianas fizeram 4 a 1 rapidamente, jogando com velocidade, nas mãos da levantadora Maria Alejandra, que vai defender o Curitiba na Superliga 2019/2020. O Brasil reequilibrou o a partida, jogando muito pelo meio e encostou em 10 a 9. Com Drussyla aparecendo melhor no ataque, o Brasil empatou a partida em 16 a 16, obrigando Rizola a pedir tempo logo após o tempo técnico. As duas seleções seguiram trocando pontos.

O time de Zé Roberto conseguiu a virada em 21 a 20 num erro de Martinez e abriu 22 a 20 num ponto de bloqueio. Rizola parou o jogo novamente. Mas, Colômbia não conseguiu mais virar as bolas com Segovya e Coneo e o Brasil deslanchou. pontuando nos contra-ataques. Em um erro de Segovya, a equipe fechou o terceiro o set em 25 a 20, fazendo 3 a 0 na partida.

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