Brasil
Home Coluna Brasil: da euforia à apreensão após lesões
Coluna - Liga das Nações - Seleção Brasileira - 19 de maio de 2024

Brasil: da euforia à apreensão após lesões

Daniel Bortoletto faz um resumo de um domingo com diferentes sentimentos no Maracanãzinho


Tudo caminhava para ser uma semana perfeita para o Brasil na Liga das Nações. Invencibilidade, boas atuações, Maracanãzinho com uma energia incrível, homenagem para diversas gerações, aniversário da capitã Gabi… Mas o destino quis tirar, ao menos momentaneamente, o sorriso brazuca.

Até o décimo ponto do primeiro set do duelo com a Sérvia, neste domingo (19/5), o time brasileiro viu Carol e Julia Kudiess, as duas centrais titulares, se lesionarem.

Carolana foi a primeira. Em sua estreia como titular na temporada, sentiu o tornozelo e fez o Maracanãzinho se calar pela primeira vez na semana. E olha que o anúncio dela para sair jogando tinha sido muito comemorado. Diana, a única central no banco hoje, entrou.

Minutos depois, o ginásio voltou a se calar. Desta vez foi Julia Kudiess a sentir o joelho. “Que zica!”, falei em voz em alta ao ver o atendimento entrando em quadra. Tainara, oposta/ponta e com experiência como meio de rede nas categorias de base, precisou ser improvisada na posição. Depois Carolana voltou e ficou até o fim da partida. Seu problema não é considerado tão grave, mas requer tempo para um diagnóstico mais preciso.

A preocupação com Julia, porém, foi aumentando, uma vez que a reação da jovem demonstrava a gravidade do problema. Ela chorou durante boa parte do jogo, permanecendo com a perna esticada. Nitidamente sofreu para caminhar na troca de lado entre os sets. Foi consolada em diversos momentos pelas companheiras. Recebeu o apoio da torcida, com gritos de “Julia, Julia”. E deixou o Maracanãzinho diretamente para fazer exames de imagem.

Nas entrevista pós-jogo, jogadoras e o técnico José Roberto Guimarães pediram boas energias e torcida por Julia. Mas o semblante geral era de muita preocupação.

Um pecado por tudo o que o Brasil mostrou nesta primeira semana da VNL e encheu o vôleifã de esperança para a sequência da temporada.

Por Daniel Bortoletto, do Rio de Janeiro