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Brasil inicia ciclo sem Carol, com nova líbero e algumas disputas


Era preciso esperar a lista definitiva de 30 inscritas da Seleção feminina de vôlei do Brasil para a VNL para entender melhor o início do ciclo olímpico Los Angeles-2028. E a divulgação, nesta quarta-feira, já permite a compreensão de várias situações.

José Roberto Guimarães não conta, em sua primeira convocação de 2025, com cinco medalhistas de bronze em Paris-24: Thaisa, Nyeme, Lorenne, Carol e Natinha. Destas, apenas Carol segue como incontestável. A meio de rede do Scandicci já vinha dizendo durante as competições de clubes sobre a necessidade de um descanso maior, depois de emendar várias temporadas. E essa pausa acontecerá durante a Liga das Nações.

Com a aposentadoria de Thaisa e o descanso de Carolana, a posição mais rica em revelações recentes no Brasil irá acelerar a busca por novas protagonistas. Hoje estão convocadas Diana, Julia Kudiess, Lorena e Luzia. É um quarteto de respeito, mas ainda com necessidade de maior rodagem internacional.

Outra posição com novidades na VNL será a de líbero. Com Nyeme em ano sabático por conta da maternidade e a surpreendente ausência de Natinha, teremos uma nova dona da posição. E vejo Laís sair na frente, por já frequentar listas anteriores e pelo mostrado em quadra na Superliga pelo Sesc RJ Flamengo.

Na saída de rede, vejo uma disputa muito interessante por espaço. Rosamaria tem duas Olimpíadas na bagagem e uma boa temporada no Japão. Jheovana e Ariane fizeram uma Superliga de afirmação, Tainara e Sabrina foram bem na estreia internacional por clubes em 24/25, enquanto Kisy superou o baque do corte olímpico e seguiu como destaque no Brasil. Com um leque tão diverso, não me surpreenderia em ver testes com algumas delas na ponta, mantendo a busca por jogadoras com possibilidade de exercer mais de uma função até LA-28.

A busca por uma jogadora multifuncional ajudaria a explicar a presença de apenas seis ponteiras inscritas na VNL. Gabi, Ana Cristina e Julia Bergmann seguem como incontestáveis (e com méritos) em qualquer lista da posição. Helena, apesar de uma temporada de altos e baixos no Sesc RJ Flamengo, é quem hoje tem o potencial e a confiança da comissão técnica para buscar seu espaço. Outros nomes com potencial para estar na lista de 30 da VNL já demonstraram, em outros momentos, por situações diversas, a decisão de não defender a Seleção. Neste grupo incluo Natália, Kasiely e Maira, apenas para ficar entre Osasco e Sesi Bauru, finalistas da Superliga.

Por fim, no levantamento, a presença de sete nomes indica a necessidade de tentar encontrar mais opções para a disputa por espaço com Macris e Roberta, remanescentes dos últimos ciclos. Mas ainda acredito, por conta das listas já anunciadas para os treinamentos, que a dupla seguirá reinando no primeiro dos quatro anos do ciclo LA-28.

Por Daniel Bortoletto